Temos duas oportunidades na vida de sermos felizes: uma é no carnaval de Olinda, a outra é quando torcemos para um clube de futebol do qual somos apaixonados.
O que nos interessa é falar sobre a paixão da felicidade de torcer pelo Bahia. Quando vimos hoje em Pituaçu milhares de tricolores encherem mais uma vez o estádio para ver o Bahia vencer o Ceará voltamos à felicidade derradeira de ser Bahia.
Felicidade que se completa de forma irônica mas com grande irreverência, sentimento que extrapola à razão e sobe repleto de cantos, mística e o desafio de alegrar o coração jogando para o ar aviões de papel.
A esquadrilha da fumaça hoje passou por Pituaçu e deixou rastro, como Dalmo profetizou. Mas não foi qualquer avião da pretensão, era uma avião de milhares de torcedores que espontaneamente firmaram mais um pacto para o ano que vem com a alegria.
O tratado lúdico da torcida do Bahia com a própria felicidade estava sacramentada desde o ano passado quando fomos a torcida de ouro. Na verdade, somos a torcida de ouro. O que nos singulariza como a torcida que brinca na arquibancada e grita sem piedade para seu time vencer.
Mas, só quem vai ao estádio pode entender o que escrevo. Quem não vai mais aos estádios não estenderá nada. O Bahia é esse retorno da felicidade, nossa boa fuga de nós mesmo para voltarmos a ser simplesmente parte de algo maior.
Que tenhamos muito mais motivos para o ano que vem de comemorarmos jogando aviões! A foto de Lomba no portal ATARDE e o sinal de afeto sintetiza nosso carinho pelo time do Bahia.
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