Virada rubro-negra: Vitória lidera em média de público

Dados da CBF mostram que o Bahia ainda tem uma das melhores médias de público da Série B. Com 15 jogos realizados em Pituaçu, o Tricolor tem uma média de 12.366 pagantes por partida. Seu maior público foi na vitória sobre o São Caetano, quando 30.390 torcedores compraram ingressos. Mas a paciência e a ilusão de outrora não são mais as mesmas. E os números provam.

O Vitória virou o jogo, mas a vantagem não é tão folgada. Sem a partida contra o Flamengo, a diferença entre os dois maiores públicos da dupla BA-VI era de apenas 3.926 torcedores a favor do Bahia. O número poderia crescer com uma conta simples. Contra o São Caetano e todos os adversários, exceto o Vasco, Pituaçu viu o chamado jogo de uma torcida só, ou seja, apenas tricolores compareceram. Já na partida do Vitória contra o Palmeiras cerca de seis mil palmeirenses foram ao estádio, e o mesmo ocorreu quando flamenguistas e são-paulinos ajudaram a lotar o Barradão.

Aluguel de Pituaçu atrapalha

O Rubro-negro também leva o melhor nas rendas. No bruto, Pituaçu tem rendido mais do que o Barradão. Mas, abatendo as despesas, os cofres na Toca do Leão estão mais cheios. Nos jogos da Série A, a Vitória arrecadou R$ 4,054 milhões. Os ingressos são vendidos para a arquibancada por R$ 40 (inteira) e, para as cadeiras, por R$ 80 (inteira). Já o Bahia teve uma renda geral de R$ 3,421 milhões. Para ir a Pituaçu, o torcedor teve de desembolsar, na maioria dos jogos, R$ 30 (inteira) para as arquibancadas e R$ 120 (inteira) para as cadeiras. O Bahia sofre por não ter estádio próprio e precisar pagar o eterno “aluguel” ao governo

Discussões entre tricolores e rubro-negros sempre descambam para um tema: a torcida. Depois de um grupo se gabar da vantagem histórica e o outro rebater com a indiscutível supremacia atual, as gozações chegam à paixão. E quanto a este quesito – o famoso “sangue correndo nas veias” –, os torcedores do Bahia sempre levaram a melhor. Não é à toa que o hino, ao contrário do que ocorre com todos os clubes de futebol, homenageia a torcida, e não o time.

Mas todos os problemas da equipe, o jejum de títulos que já dura quase uma década, os vexames dentro de campo, a Série B que se eterniza e o fantasma do rebaixamento, finalmente cobraram seu preço. Embora o torcedor tricolor continue mostrando o quanto é fiel – ou “alienado”, como prefere rotular a torcida do Vitória –, os rubro-negros superaram os rivais em média de público, graças aos recentes jogos contra Inter, Palmeiras e Flamengo. Ainda assim, a desvantagem é de apenas 1.063 torcedores. Santa torcida tricolor...

O Vitória fez 14 jogos em seus domínios pela Série A do Brasileiro. No Barradão, a média geral é de 13.429 torcedores. O recorde do time foi no dia 13/9, contra o Palmeiras, quando as catracas registraram a entrada de 26.464 pessoas. Na partida contra o Inter, 19.386 torcedores prestigiaram o Rubro-negro. Artigo de Raphael Carneiro do Jornal da Metrópole

Crise tricolor: atacante ameaçou não viajar com o grupo

A crise tricolor parece não ter fim. Um dos destaques do time na Serie B, com seis gols marcados, o atacante Jael ameaçou não viajar ontem com a delegação do Bahia. O motivo: atraso dos salários (3 meses de imagem, 1 de carteira). A direção do clube prometeu que quitaria as dívidas nessa quinta-feira com os jogadores, mas mudou de idéia. Anunciou que vai pagar amanhã no hotel em Atibaia. Jael não gostou desse jogo de empurra-empurra e se negou a viajar, mas a turma do deixa disso contornou a situação e o artilheiro embarcou e esta confirmado no time na partida de sábado contra o Bragantino. As informações são do repórter da Equipe Gol, da TUDO FM, Jailson Barauna direto de São Paulo. Questionado pelo repórter, a assessoria de imprensa do tricolor negou a notícia. Com informações do Bahia Notícias