Legal! O mundo tá mesmo muito doido! Freud já demonstrou o mal-estar civilizatório: o homem cria a sociedade que o reprime e ao mesmo tempo tenta se libertar dela. Essa contradição já nasce com o indivíduo e a sociedade. Queremos progresso, só não sabemos muito bem em que direção esse progresso vai nos conduzir. Abre-se espaço então para manifestações cruéis de uso ostensivo da liberdade para atacar em nome de idéais sobre os quais é fácil se deixar levar. Falo especialmente do momento de que passa o Bahia com nossa libido em baixa.
Perdemos o tesão de ser Bahia, embora lutemos contra isso no nosso cotidiano "tirando uma onda" com os rivais. Essa passou a ser nossa máxima: volte-se para seu rival que ele vai cair. É a moral do invejoso clássico, que deixa de ver o seu próprio ópio de cada dia. O Bahia na maior "merda", termo que Freud adorava, mas tá lá o cara feliz com a desgraça do rival. O meu "menino" vai a escola só pra ver o desânimo do mau momento do outro, tem outros que sequer ousam olhar para o colega de trabalho, já vê no seu olhar dissimulado o esboço da vitória na derrota do "outro".
Essa natureza instintiva para o mau é a condição também de nossa sobrevivência. Difícil é gozar quando o vizinho tem mais sucesso e pode exibí-lo para o resto da vizinhaça, quando nós temos mais motivos de infelicidade. Então, lá vamos nós nos aproximando da natureza onde ela nos provoca um novo mandamento: não invejarás o time de futebol do outro! Esse mandamento levado ao extremo também não tem quem aguente, estaríamos a ser mais uma espécie em extinção; mas que muitas vezes sentimos que o nosso querer mal vibra num compasso de sujeição do outro aos nossos próprios desejos frustrados é uma razão que nos inquieta.
O instinto eleva-se e as racionalizações absurdas e incompatíveis com o decoro e a felicidade do outro começam a superar a alegria de sermos simplesmente nós mesmo com nossa capacidade para o bem como para o mal. Mas quando nosso time passa 10 anos sem ganhar um título, sem triscar numa taça, perde seu patrimônio e sua casa é invadida por "urubus" de toda a espécie a fim de tirar uma lasquinha? Não tratamos de cuidar da nossa casa, deixamos que elas fossem invadidas por cupins, insetos e toda a ordem de pragas, e agora ela está inabitável. A vida é assim mesmo: de vez em quando percebemos que estamos carregando o nosso próprio ato de torcer morto e contaminado sem ânimo para devolver-lhe a vibração de outrora.
Perdemos o tesão de ser Bahia, embora lutemos contra isso no nosso cotidiano "tirando uma onda" com os rivais. Essa passou a ser nossa máxima: volte-se para seu rival que ele vai cair. É a moral do invejoso clássico, que deixa de ver o seu próprio ópio de cada dia. O Bahia na maior "merda", termo que Freud adorava, mas tá lá o cara feliz com a desgraça do rival. O meu "menino" vai a escola só pra ver o desânimo do mau momento do outro, tem outros que sequer ousam olhar para o colega de trabalho, já vê no seu olhar dissimulado o esboço da vitória na derrota do "outro".
Essa natureza instintiva para o mau é a condição também de nossa sobrevivência. Difícil é gozar quando o vizinho tem mais sucesso e pode exibí-lo para o resto da vizinhaça, quando nós temos mais motivos de infelicidade. Então, lá vamos nós nos aproximando da natureza onde ela nos provoca um novo mandamento: não invejarás o time de futebol do outro! Esse mandamento levado ao extremo também não tem quem aguente, estaríamos a ser mais uma espécie em extinção; mas que muitas vezes sentimos que o nosso querer mal vibra num compasso de sujeição do outro aos nossos próprios desejos frustrados é uma razão que nos inquieta.
O instinto eleva-se e as racionalizações absurdas e incompatíveis com o decoro e a felicidade do outro começam a superar a alegria de sermos simplesmente nós mesmo com nossa capacidade para o bem como para o mal. Mas quando nosso time passa 10 anos sem ganhar um título, sem triscar numa taça, perde seu patrimônio e sua casa é invadida por "urubus" de toda a espécie a fim de tirar uma lasquinha? Não tratamos de cuidar da nossa casa, deixamos que elas fossem invadidas por cupins, insetos e toda a ordem de pragas, e agora ela está inabitável. A vida é assim mesmo: de vez em quando percebemos que estamos carregando o nosso próprio ato de torcer morto e contaminado sem ânimo para devolver-lhe a vibração de outrora.
O extremo oposto de tudo isso é a vida que ressurge em caras tão lindas e em mulheres jovens vestindo seus filhos com nossas identidades clubísticas com tendências para o bem e para o mal. O probelma é não criar clubinhos com dizeres em sua porta no coração dizendo: "aqui só tricolor" ou "aqui só rubro-negro", rememorando uma fase da infância em que o outro sexo parece um invasor, que só mais tarde na puberdade descobrimos a besteira de se segregar as pessoas e as estigmatizar, criando um mundo paralelo de nacionalismos exarcebados, clubismos tirânicos e outras invenções para passarmos o tempo.
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