sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Anel de ouro em focinho de porco

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Não tenho certeza se essa minha participação neste espaço será bem recebida pelos habituais freqüentadores desse espaço, já que o conservadorismo muitas vezes se apresenta como elemento impeditivo de analises mais profundas, principalmente quando o tema trás no seu bojo, elementos políticos intrínseco, como é esse novo caso sobre a Fonte Nova. Não atoa que o tema mais badalado, Arena para 2014, vem sendo evitado pelos redatores desse Blog, coisa que me surpreende muito, ainda.

Mas, como o próprio Dalmo Carrera gestor desse blog, trouxe à tona um texto reproduzido do Jornal da Metrópole especificamente de cunho político partidário, nada melhor, para aproveitarmos essa oportunidade para também expor outros fatos que necessitam de avaliação, principalmente que, dessa vez os interesse políticos se confrontam com a área esportiva, mais precisamente Bahia e Vitória.

Trata-se das recentes afirmações do Secretário de Estado Nilton Vasconcelos sobre o futuro do futebol baiano, muito embora suas citações sejam do tipo an passant, ou seja, disse meio sem querer muito alarde, mas mandou o recado e isso é o que interessa. No mundo político nada é dito por dizer, sem uma reflexão nas suas conseqüências e mais das vezes isso é dito para observações de seus efeitos de forma a de acordo a resposta obtida no seio social, conclui-se mais à frente as intenções. Vasconcelos, disse:

(...) “No segundo semestre de 2014, após a Copa, o estádio (Pituaçú) será liberado para o esporte amador e para as escolas”
(...) “não podemos é transformar a Fonte Nova em um elefante branco”

Na Bahia, infelizmente, as coisas sempre acontecem de forma subliminar. Observe o dito pelo Secretario Nilton Vasconcelos acima, ou seja, até aqui esta versão para o belíssimo estádio de Pituaçú nunca tinha sido explicitada, uma novidade surgida a partir do imbróglio detectado na licitação estilo PPP – Participação Público Privado, que prevê um mínimo de 56 jogos na nova Arena Bahia, a serem feitos pelo Bahia e pelo Vitória. Condição status quo, para viabilizar o empreendimento.

Mas os jornais do dia anterior diziam que o governo não iria pressionar os Clubes, lembram?

Essa nova informação dada pelo Secretário, desde logo, obstrui ou tenta isso, sobre qualquer outra idéia que passe pelos Times?

O Bahia, principalmente, precisa vir a público e expor o que pensa disso tudo. Pois que não tem sede própria para mandar suas partidas. Até que isso aconteça especular qualquer situação em relação ao futuro do Bahia, é normal, pois que sem posicionamento estabelece-se uma deriva muito perigosa.

Imagine jogos inter-bairros ou mesmo escolares com um placar eletrônico de dois milhões anunciando os resultados, não seria anel de ouro em focinho de porco?

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