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Não pensem precipitadamente que a atitude de alerta do nobre jornalista, assim como a minha humilde opinião, traz cunho político partidário ou outros fins quaisquer, que não a nobre idéia de expor a ainda possível chamada de consciência da nossa gente, em respeito à livre opinião, claro, até dos que agem agora nessa desmesurada tentativa de derrubada de tão importante patrimônio histórico da nossa terra.
O desabafo é principalmente sob o aspecto de observar o sentimento da mordaça a muito de nós diante das perdas a que assistimos na cidade de Salvador, quando conjuntamente com a perda da Fonte Nova, serão também postos abaixo o conjunto de piscinas do parque aquático e o Balbininho, significando jogar abaixo obras de arquitetura de baianos, cujos traços refletem ainda as influências do movimento modernista brasileiro.
Será que os cariocas deixariam fazer o mesmo com o maracanã? Observem que mesmo se remodelando, o Maracanã vai continuar sendo o que é, inclusive na sua essência, apenas novos atributos estão sendo acrescentados, ali nada se perde. apenas se recria valorizando mais ainda os traços originais. Porque nós baianos não nos indignamos com aquilo que estamos perdendo?
Porque demolir a Fonte Nova se o mais apropriado seria construir um novo estádio num ponto de interseção da capital com os municípios da Região Metropolitana de Salvador? Cadê a consciência coletiva da necessidade do desenvolvimento integrado, quando politicamente se criou a RMS?
Repetindo o que disse Luis Guilherme Pontes Tavares: “Na minha metropolitana opinião, à hora é de parar para pensar. Pensar, por exemplo, em quanto continuamos pobres e quanto às antigas gerações pagaram para edificar o belo projeto de Diógenes Rebouças. Derrubar a Fonte Nova é empobrecer mais ainda.”
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