sexta-feira, 24 de abril de 2009

O homem tá do nosso lado

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Agora, o responsável por 14 dos últimos 20 titulos disputados no baianão estará do lado certo, do lado do torcedor do Bahia. Nada mais importante para uma pessoa se redimir diante da vida e de Deus dar alegrias ao maior time do norte e nordeste do Brasil, o Esporte Clube Bahia. O Baêa é o único clube de futebol do norte-nordeste do Brasil a ostentar um bicampeonato brasileiro entre suas grandes conquistas.

O Bahia que tem se notabilizado por grandes remissões de almas antes perdidas. São paulistas, mineiros e agora até um ex-dirigente rubro negro que se rende a grande paixão da Bahia esportiva: o nosso tricolor de aço, o Bahia. Não é mistério o Bahia ser o grande libertador de almas, pois são o que os ogans contam desde as ladeiras íngremes de Salvador a cada canto da cidade, e só se ouvem os coros de fiéis torcedores tricolores no grito imortal: "vumbora Baêa!".

Renasce a grande paixão dos grandes caçadores de felinos que esperava o canto dos oguns para derrotar seu pricipal rival numa virada de década em que deverá ser retomada a hegemonia do futebol baiano pelo povo da Bahia, depois de anos de trevas. Este canto dos oguns reverbera em toda a cidade chamando os guerreros para a luta na Roma negra Salvador. A cidade acorda já mais bonita com seu azul, vermelho e branco, também as cores dos valentes baianos cuja bandeira de nosso Estado da Bahia representa. Não por acaso, as cores que simbolizam a matéria prima da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

No cinema, a trilogia de Kielowski nos conta as representações das cores fundamentais do espírito humano em sua plenitude e elevação. No Bahia se revela as cores da liberdade na eternidade de um clube pelos seus títulos conquistados e a natureza igualitária e fraterna do torcedor tricolor em sua elevada espiritualidade cantada em muitos hinos de glória. Hino tricolor que já foi manifestação contra os chamados anos de chumbo da história do Brasil.

Mais do que nunca estamos confiantes na consagração de um novo mito no futebol baiano, um novo paradigma do futebol baiano que se quer profissional; um ex-direigente rubro-negro a revelar com sua paixão utópica pela profissionalização ao levar o Bahia do povo a ser um clube modelo de gestão profissional, ao contrário dos oligarcas que aportaram por aqui também e permanecem do lado rubro-negro. É dada a largada para mais uma decisão, esperamos que os tribunais apareçam menos e que o futebol ganhe seus devidos louros.

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