quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sucesso do atacante Jajá agradará até os rivais

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Compreender os pormenores do futebol moderno requer uma pitada de malicia. Os contratos destituíram a lei do passe e passaram a englobar direitos federativos, econômicos, cláusulas proibitivas e liberatórias sem sempre tão clara ao observador menos experimentado.

A atual diretoria do Vitória penou até descobrir que é mais interessante manter o atleta federado ao clube e negociar apenas parte dos direitos econômicos – os responsáveis por rechear os cofres no momento da negociação. “perdeu” Apodi e Leandro Domingues para o Cruzeiro antes de acertar nas transações de Willans e Marquinhos com o Palmeira

O Bahia paga o preço do erro. Como explicar ao torcedor que Jajá tem ligação com o clube, mas parou na toca do Leão sem a opinião tricolor? Contratado pelos mineiros em 2006, o atacante está emprestado ao rubro-negro até o dia 31 de dezembro de 2009

O tricolor mantém 70% dos direitos econômicos do atleta, mas não pôde intervir nas transferências para Ipatinga, Guarani-MG, Cabofriense-Rj, e Náutico. Muito menos na chegada ao Vitória. O Cruzeiro decide seu destino por deter o atestado federativo – fora os 30% dos direitos econômicos.

Terá a companhia de André Luis e Reina, cedidos pelo time celeste na permuta por Leonardo Silva. Ao Bahia, resta agora o inusitado: torcer por gols do garoto com a camisa do rival, simplesmente porque a valorização profissional de Jajá pode significar lucro para o clube no futuro.

Números – Promessa da base tricolor, Jajá marcou 56 gols nos campeonatos baianos juvenil e júnior de 2003 a 2005. Fez outros sete no Mineirão em 2007, atuando pelo Guarani. Mas a pontaria falhou no Cruzeiro. Dezessete oportunidades no Brasileiro de 2008 não bastaram para balançar as redes sequer uma vez.

Aos 22 anos, Jajá tem a oportunidade de provar que ainda é aquele artilheiro da base tricolor. O atacante se apresenta ao Vitória, ás 8h30 de hoje, e se junta ao restante do grupo para os trabalhos em dois turnos. A disputa por posição é acirrada. Na lista, Nadson. Itacaré, Washington, Adriano e neto Baiano. – Eduardo Rocha do Correio desta quinta-feira

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