Nesta sexta-feira, 5, o Bahia completa dois meses sem pagar seus atletas, mas, por enquanto, a atitude deles não é de indignação. Todos juram que vão tentar esquecer do atraso a partir do momento em que entrarem em campo, neste sábado, contra o Barueri.
“É claro que se saísse o dinheiro era melhor, mas, independente disso, a gente tem que chegar lá e provar que o nosso grupo é forte”, disse o zagueiro Rogério.
São 60 dias sem receber. Será tão fácil assim não pensar nas dificuldades? Afinal, os jogadores do Bahia não ganham fortunas para conseguir viver tranqüilos com tanto tempo de atraso.
Já o atacante Galvão, visivelmente abatido nos treinamentos, admite que o ânimo não é o mesmo da época em que ele chegou ao Fazendão. “Venho conversando com os companheiros, o técnico. O clube está vivendo muitas mudanças, táticas e de jogadores. Até dá pra chegar lá em Barueri e vencer, mas é muito difícil”, disse, com sinceridade.
Depois das idas e vindas e do fracasso na transferência para a Europa, ele chegou a uma conclusão: “Não adianta ficar pensando no que ocorreu. Quando entro em campo, esqueço de tudo, mas complicado é o dia-a-dia de treinamentos. Chegar em casa e pensar nos problemas”.
O técnico Roberto Cavalo minimizou a pindaíba: “Em comparação com outros clubes do Brasil, não é nem tanto”.
Em relação à equipe que treinou nesta quinta, apenas uma mudança. Totó sentiu dores musculares e virou dúvida. Williames entrou em seu lugar. O Bahia tentou a contratação do meia Kléber, do Conquista, mas ele deve ir para o Paraná, treinado por Paulo Comelli. A negociação com Marinho permanece parada.
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