domingo, 23 de março de 2008

Ruy na Europa, Sampaio na Argentina e o Bahia no tribunal

Comentários
O diretor de futebol do Bahia, Ruy Accioly, está se licenciando do cargo por dez dias para curtir com a família uma viagem à Europa. Nesse período, ele vai pagar promessa pela graça alcançada pelo tricolor: o acesso ao Campeonato Brasileiro da Série B. Inicialmente, Accioly cumprirá a dívida em Portugal, no Santuário de Fátima, e depois na Espanha, na Igreja de Santo Antonio. Mesmo de longe, o dirigente quer ficar atualizado e estará fazendo contatos diários com o presidente Petrônio Barradas. Amanhã ou depois, uma ou duas contratações que foram iniciadas e estão bem encaminhadas serão anunciadas para as finais do Campeonato Baiano e para o Brasileiro da segundona.

Rui Accioly, tem recebido muitos elogios porque conseguiu tirar o Bahia da Campeonato Brasileiro da Série C e formou um bom time, líder do Campeonato Baiano, além de ter sido o responsável pela contratação do técnico Paulo Comelli, que realiza bom trabalho no comando da equipe. Além disso, Rui também é um bom vendedor. Foi ele quem conseguiu o patrocínio da Vedacit, que vai render aos cofres do clube R$30 mil por mês.

Jorginho na Argentina

O PRESIDENTE do Vitória, Jorginho Sampaio, vai cumprir esta semana mais uma missão na Argentina. Quinta-feira, em companhia do diretor jurídico, Antonio Carlos “Cacau” Rodrigues, o dirigente tem um encontro em Buenos Aires agendado para as 16h com os representantes argentinos do Exxel Group para tentar novo acordo para liquidar a recompra das ações. Quando o Vitória caiu para a terceira divisão do futebol brasileiro, não teve mais dinheiro e, no acordo proposto, os argentinos concordaram em receber com o rubro-negro de volta à primeira divisão. O que acontece, no entanto, é que a diretoria está com muitos compromissos financeiros e não tem como cumprir a promessa feita nos próximos meses. O Vitória deve ao banco US$3,5 milhões (cerca de R$6,1 milhões) e a missão de Jorginho e de Cacau é tentar prorrogar a dívida. Se não conseguirem, o Leão passará por mais apertos ainda nas suas combalidas finanças.

Bahia nas mãos do STJD

Na próxima quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julga o recurso do Bahia quanto à perda de sete mandos de campo e multa de R$80 mil pela invasão do gramado da Fonte Nova – na partida que culminou com a morte de sete pessoas. Como o Correio da Bahia antecipou, a advogada Vera Otero estará à frente do caso, em substituição a Marcos Donicci.

O RESULTADO do julgamento pode influenciar diretamente os rumos do clube neste princípio de Campeonato Brasileiro. E leia-se “rumos” literalmente. A diretoria aposta firme na redução da pena para apenas três jogos com portões fechados, que seriam cumpridos em Camaçari, justo antes do término das obras em Pituaçu. Aí, é só estrear no remodelado estádio metropolitano e contar com o apoio de 32 mil tricolores nas arquibancadas.

Queda livre

Alex Santos lateral-direito do Vitória, é o único que pode sagrar-se pentacampeão baiano do atual elenco rubro-negro, ou seja, a conquistar o título estadual cinco vezes consecutivas (em 2006, recebeu o troféu pelo Colo-Colo, quando foi emprestado). Por isso, Alex macaco, como é até hoje tratado pelos seus companheiros e amigos mais próximos, está pisando na bola, não só por não estar levando a profissão a sério, como também por cometer indisciplinas técnicas nos jogos.

Explicando melhor: Alex Santos nem sempre obedece as orientações do treinador e, às vezes, complica uma jogada fácil, tornando-a difícil. No departamento médico, o comentário é que o jogador de vez em quando se queixa de contusão, principalmente quando os jogos do rubro-negro são no interior. Ele não atua hoje e, caso Jackson não se adapte bem à função de ala pela direita, o júnior Leumir, autor de três gols no Campeonato Baiano da categoria, pode ganhar a vaga de titular.

Promessa é dívida

Outra semana se vai sem que o Bahia anuncie sequer uma contratação. E olhe que, dessa vez, a promessa havia partido do técnico Paulo Comelli. “Teremos um ou dois reforços essa semana (passada)”. Vamos esperar. As posições, todo mundo está careca de saber: dois meias e um camisa 9, só para o Campeonato Baiano. O Brasileiro da Série B é outra história, com nomes e números bem diferentes.

O treinador admitiu que os melhores reforços só devem chegar ao final dos campeonatos estaduais e não descartou apostar em atletas para contrato curto para o Baianão, com possibilidade de renovação. Vínculo até o final do ano, só com jogadores de reconhecida qualidade. Mas é bom se apressar, porque as inscrições no Campeonato Baiano se encerram no dia 3 de abril. O primeiro reforço pode ser o meia Marcelinho, com passagem pelo futebol baiano e atualmente na reserva do Botafogo-RJ. Talismã do Vasco na temporada 2007, o cabeludo se transferiu para o rival este ano. Emperraria a pedida salarial, entre R$20 mil e R$25 mil.

Carneirão é uma vergonha

A RECUPERAÇÃO do Antônio Carneiro, o Carneirão, em Alagoinhas, ainda não foi integralmente concluída, mas o estádio foi liberado para sediar jogos do Atlético no Campeonato Baiano. O gramado é o que de melhor existe. As áreas internas, especialmente vestiários, sofreram reparos e os problemas não foram sanados. Por ocasião do jogo Atlético x Vitória, dia 16, os repórteres precisaram fazer malabarismo para chegar ao vestiário do rubro-negro, devido à quantidade de água empoçada no corredor depois das chuvas. Baratas e caramujos desfilavam pelas paredes. E dentro do vestiário do Vitória um imenso piolho-de-cobra (também conhecido como gouro ou mil pés, por ter um montão de perninhas) foi exterminado antes de entrar na sacola que se encontrava em cima de uma cadeira.

Coluna Dividida/Correio da Bahia


Nenhum comentário :

Postar um comentário