Na prática, a distância entre os jogos da equipe e a torcida dobrou: Camaçari fica a 50km de Salvador e Feira de Santana, a 100km. A antiga casa do Bahia, a Fonte Nova, está interditada desde 25 de novembro, quando um lance de arquibancada cedeu, provocando a morte de sete torcedores.
A solução definitiva para o clube só virá a partir do final de julho, para quando está prevista a conclusão das obras de reforma e ampliação do estádio Metropolitano de Pituaçu, na capital baiana.
A diretoria do Bahia reuniu-se com integrantes da secretaria de Esportes de Camaçari na tarde desta segunda-feira para explicar os motivos da desistência. Na pauta, a fraca arrecadação das partidas - média de 2 mil pagantes - e as péssimas condições do gramado. Na última quarta-feira, o lateral-esquerdo Adilson torceu o tornozelo esquerdo em um dos buracos do campo e desfalcou a queipe no Ba-Vi de domingo.
O Bahia ganha em poder de arrecadação com essa mudança: enquanto o Armando Oliviera, em Camaçari, tem capacidade para apenas 6,3 mil espectadores, o Alberto Oliveira, em Feira de Santana, comporta 18 mil.
O município de Camaçari investiu R$ 1,5 milhão para receber o Bahia, na primeira reforma em 20 anos de existência da praça esportiva. O time começa a jogar em Feira de Santana no domingo, contra o Fluminense local, que atuará como visitante em seu próprio estádio.
A decisão contraria o depoimento do presidente do Bahia, Petrônio Barradas, concedido após o fim do clássico do último domingo. Em entrevista ao UOL, o mandatário tricolor admitiu a hipótese de transferir o Ba-Vi do próximo dia 24 para outro estádio que não fosse o Armando Oliveira, mas descartou a utilização do Jóia da Princesa.
Logo depois, afirmou que o Bahia continuaria mandando jogos em Camaçari e que um funcionário do clube foi nomeado especialmente para cuidar da questão dos buracos no gramado do Armando Oliveira.
UOL
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