
Depois daquele passeio, ninguém acreditava que o Bahia fosse páreo para o Vitória nos dois jogos decisivos. Até mesmo porque o tricolor não tinha ido mal apenas no desastre de 20 de fevereiro. Apresentações ruins, sem convencer a torcida, foram uma constante do time na competição, apesar de contar com jogadores renomados como os atacantes Dill e Viola.
No jogo de ida, em 10 de abril, até que o Bahia foi bem. Vencia por 2 (Viola e Guaru) a 1 até os 44 do segundo tempo e enchia o torcedor de esperança. Foi quando, numa bola cruzada na área, o volante Xavier escorou de cabeça para o fundo das redes e manteve o leão com vantagem para a partida de volta, mais uma vez no Barradão, evitando a perda da invencibilidade. Uma comemoração inusitada marcou esse jogo. Ao fazer o primeiro gol do Vitória, o zagueiro Marcelo Heleno, na comemoração, se ajoelhou e comeu um facho de grama da Fonte Nova.
Na partida de volta, em 18 de abril, no Barradão lotado, o Bahia abdicou da opção de vencer, ao entrar em campo com três zagueiros e dois volantes, num sistema inexplicavelmente defensivo para um time que precisava vencer para ser campeão. Era o trauma do 6 a 2. Sem ser ameaçado, o Vitória acabou não fazendo muito esforço para atacar, soube administrar o resultado e, contando com o regulamento, segurou o 0 a 0 até o fim e comemorou o tetracampeonato. Seu oitavo título nos últimos 10 estaduais.
Darino Sena e Eduardo Rocha
