sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Planeta Draco, CBF e tabu

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O senador Álvaro Dias está mexendo com um tema que é tabu, e como todo tabu, tende a ser recalcado pelas pessoas que o temem de forma generalizada. A horda primitiva do futebol brasileiro, em todos os seus setores, não suporta esta palavrinha: corrupção.

O parlamentar quer instalar uma CPI para investigar crimes financeiros no reino da bola, mas denunciou no Congresso que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está pressionando os políticos para retirar assinaturas. Teria conseguido subtrair 78 titulares.

A pergunta que ele faz: "Por que temem a instalação de uma CPI?". Ora, doutor Dias, por favor. Toda voz que sai do silêncio para tratar deste tema, em todas as instâncias do mundo esportivo, corre o risco da castração por conta da culpa de mexer com o tabu.

Este enredo está entre nós desde a publicação de Totem e Tabu, pelo prof. Sig, em 1912. Tentar matar o pai, no futebol representado pelo dono da bola, repercute em sentimento de culpa generalizado, daí o temor coletivo de mexer com uma energia tão ancestral.

Nesta Idade Mídia, como diz prof. Rubim, o senhor corre o risco de ser queimado na fogueira como traíra, isso sim. Onde já se viu ficar falando estas coisas? É capaz de já estarem escarafunchando tudo de sua vida, para abstrair fantasias que os sofistas vão alardear, prejudicando e difamando sua imagem. O senhor que se cuide e se plante mais.

BEM NA FITA

Fora a Bahia, que não registra caso nenhum de corrupção em qualquer instância, e nunca terá, o que se deve investigar é se as influências do planeta Draco estão contaminando o mundo da bola. É tática dos temidos greys, ao desembarcar por aqui seus reptilianos implantados.

A corrupção é viabilizada pelo jab... ops, desculpe, deletaê, quase saía, que se acontecesse numa província como a Bahia, poderia causar horror a santinhos unidos em várias igrejinhas, desde socialistas auto-imaginados a linguarudos convictos, vítimas, coitados, dos insanos.

Com certeza por aqui não, mas em Draco, a corrupção é cancerizada na mídia, absurdo jamais imaginado por nós, terráqueos da terra de todos os santos. Lá em Draco, ocorre crime financeiro sim, mas porque os draconianos não têm imprensa, só um simulacro.

Como lá eles não têm imprensa que preste, pois o ponto de partida da apuração dos fatos é o ponto de chegada, os envolvidos com fraudes sempre estão bem na fita e até saem toda hora, nos chamados "zeymkroins", que parecem umas folhas de flandre, mas são feitos de uma substância imaterial que não existe na Terra e têm distribuição instantânea a cada "komim", a medida de tempo de lá, cuja conversão para o tempo convencional terráqueo ainda não é possível fazer.

Claro que os fraudadores são citados em textos de angulação positiva, em situações favoráveis e maravilhosas. São estes textos que se transformam, com a leitura, em implantes nas caixas cerebrais dos reptilianos, os habitantes originais do planeta dominado pelos greys.

Talvez por isso, com receio da ameaça de ter seu poder questionado um dia, eles precisem enviar os reptilianos implantados e comedores de espírito humano para papar nossas melhores almas e roubar nosso jornalismo maravilhoso. Tanto que lá eles chamam "jornalismo de precisão" ou "investigativo", como se precisassem reforçar.

CIÊNCIA SIDERAL

Ora, por aqui, nós sabemos que a precisão é um de nossos melhores princípios e fica sem sentido utilizar esta repetição de idéias, o famoso pleonasmo ou tautologia. Pensar imprensa sem investigação soaria como agressão a Aristóteles e Gutenberg.

Pois o buraco é bem embaixo, quando se aborda o tema da corrupção em Draco, que vai desde o jeitinho de se subverter os princípios da notícia até a escalação de um jogador ou a barração de outro para atender a agentes "Djiounmei", a Fifa de lá, que são travecos de outras funções sociais, no esporte preferido de Draco, que é uma confusão danada: adeptos de determinadas faixas residenciais (os nossos bairros) se enfrentam arrancando cabeças de servidores reptilianos, a etnia aprisionada.

Levam estes restos redondos dos inimigos mortos até uma determinada área (seria o gol) e ganha quem consegue deixar mais destruídas as feições do adversário, a partir do julgamento de um júri especializado.

A imprensa draconiana tem o que eles banalizaram como "selsoncon", algo próximo de "ponta-de-lança". O draconiano ou draconiana que nem "trabalha" ("trabalho" lá não tem a mesma noção do nosso trabalho) para o "zeymkroin", mas tem velha influência com o editor, faz a máfia para escoar as reportagens no ângulo favorável às fontes-clientes.

Depois, os envolvidos partilham o resultado da notícia-fraude. Os reptilianos derrotados faziam serviço do bem, antes de sofrerem os implantes, mas a hegemonia draconiana, apoiada pelos demônios orions, do sistema estelar Rigel, recuperou o ambiente e a imagem podres para o profissional da informação do planeta problemático. Os greys dependem desta dominação de idéias para manter os implantes nos reptilianos e continuarem, assim, no bem-bom.

A Academia Inter-Galáctica Meta-Universal, a famosa Acaigameun, podia até ajudar, tentando verificar por que ocorrem estas variações no processamento da notícia, que gera os implantes automáticos, mas a boa-vontade e até a inocência de dedicados pesquisadores de E.Ts. não deixam que eles levem em conta que a questão passa, muitas vezes, pela deficiência de caráter mesmo de quem ocupa uma posição estratégica para fraudar e só quer saber mesmo de se dar "de bem". Não seria problema técnico, mas casos patológicos ou de segurança pública, nada a ver com ciência sideral.

IDENTIDADE

Então, senhor senador, estas coisas que o senhor imagina acontecerem por aqui, só ocorrem mesmo muito distantes em planetas fora da nossa galáxia, daí a desistência de seus colegas em apurar crimes financeiros que não existem de jeito nenhum no futebol.

Preocupado com o seu disparate é que doutor Ricardo pode estar sugerindo aos parlamentares que se "incluam fora dessa". Outro motivo para o senhor refletir é que estas CPIs só garantem mesmo uma boa visibilidade na mídia para os deputados. Só.

O que a sociedade brasileira precisa discutir, além de uma boa forma de faxinar o mundo da bola, de cima a baixo, é como se pode repensar a Seleção, um dos principais bens culturais nacionais, mas controlada por uma iniciativa "privada" no sentido merda.

A construção de uma identidade brasileira, como povo capaz de se desenvolver, negando o mito da mestiçagem preguiçosa, tem tudo a ver com o nosso sucesso com a bola nos pés, como já demonstrou profª. Fátima, na sua tese de doutoramento na Unesp.

Tão relevante quanto a saúde, a educação, a segurança, a justiça social, é o cuidado com nossas riquezas simbólicas, pois elas fortalecem o caráter do País. Entre elas, está o futebol como uma das mais destacadas. Vamos tomar a Seleção pra gente que é melhor.

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