Mostrando postagens com marcador tragedia-da-fonte-nova-2007. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tragedia-da-fonte-nova-2007. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de janeiro de 2008

Prejuízo ao redor da Fonte Nova

Comentários
O início dos jogos do Bahia, a partir da próxima quinta-feira, no estádio de Camaçari, a cerca de 40 quilômetros de Salvador, assinala também um progressivo esvaziamento do movimento no entorno do estádio da Fonte Nova, por onde circulavam dezenas de milhares de pessoas nos dias dos jogos mais movimentados. Comemorada por alguns e lamentada por muitos, a desativação da tradicional praça esportiva de Salvador vem sendo motivo de queixas, principalmente por parte daqueles que auferiam algum benefício econômico com a movimentação.

“Estamos tendo uma perda de receita de cerca de 30% ao mês. Nos dias de jogos, vendíamos cerca de R$ 1 mil só de cerveja e tira-gosto. Só não demitimos ninguém porque aqui trabalhamos num esquema familiar. Mas a nossa renda diminuiu bastante, daí por que estamos torcendo para uma recuperação rápida do estádio”, lamenta o comerciante Jailton Souza, 37 anos, proprietário do Bar e Restaurante Tempero Caseiro, localizado em Nazaré.

Para vendedores ambulantes, como Raimunda Silva, que há cinco anos comercializa água, cerveja, refrigerante, doces e outros produtos na parte baixa da Fonte Nova, a situação é ainda pior: “Estamos fazendo milagres para sobreviver. Tenho um ponto fixo aqui na entrada do estádio e a situação complicou, porque, além do campo, eles fecharam o colégio estadual e as escolinhas de dança, caratê e outras que funcionavam dentro da Fonte Nova. Com isso, minha clientela sumiu”, queixa-se.

Fechado desde o acidente que provocou a morte de sete pessoas, em 25 de novembro último, e sem uma definição concreta quanto ao seu futuro – será demolido ou reformado? –, o estádio, mais do que uma simples praça esportiva, era e é uma referência cultural e simbólica para a Bahia e Salvador, com grande importância na vida da cidade. Daí a sua desativação ter uma repercussão muito maior do que a simples interrupção das partidas futebolísticas.

Leia matéria na íntegra aqui

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Tragédia da Fonte Nova: Apenas dois seguros pagos

Comentários

Uma das principais queixas ouvidas durante a missa de 30º dia das vítimas da tragédia da Fonte Nova foi o descaso das autoridades. Nem governo, nem Sudesb, nem Bahia, nem FBF, novamente, mandaram representantes.

O pai de Márcia Santos, Sebastião da Cruz, não escondeu o sentimento de revolta. “Sei que este é um caso que não deve cair no esquecimento, porque teve repercussão nacional, mas queremos que os culpados paguem por tudo isso. Nada vai trazer a vida da minha filha de volta, mas queremos justiça”, disse.

Xará do primogênito falecido naquele 25 de novembro, após o desabamento de um lance de arquibancadas, Djalma Santos reclamou da Federação Baiana de Futebol. “Quinze dias depois do ocorrido, entregamos todos os documentos para ela (FBF) dar entrada no processo do seguro do torcedor, mas até agora nada. Eles nunca se pronunciaram”.

Procurado por A TARDE Esporte Clube, o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, inicialmente alegou que não tomou conhecimento de onde seria a celebração religiosa. Em seguida, emendou: “O senhor Djalma foi o primeiro em que foi enviada a documentação para a Excelsior Seguros, só que houve um problema burocrático na certidão de nascimento do filho dele. Dentro de uma semana, porém, a questão deve estar resolvida”, atestou.

Regulamento – Superintendente da empresa em Salvador, Nelson Uzêda confirma a história. Das sete vítimas fatais, cinco tiveram seus casos enviados para a seguradora e apenas duas receberam os R$ 25 mil previstos no ingresso de Bahia 0x0 Vila Nova. As exceções ficararam por conta dos pais de Jadson Celestino Silva e Joselito Lima Júnior.

“O problema não é pagar a indenização, mas saber verdadeiramente quem tem direito à ela. Tem pai que chega aqui, mas seu nome não consta na certidão de óbito. Tô indo à federação, agora, para acabar com esses e outros casos”, pontua Uzêda, acresentando que espera resolver o impasse “o quanto antes”.

A lei prevê o pagamento em até 30 dias, a partir da data em que se efetuou o pedido – todo torcedor tem direito ao Seguro de Acidentes Pessoais Coletivo de Público Pagante. O contrato firmado entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Companhia Excelsior Seguros é apenas para morte e invalidez dentro do estádio e não cobre despesas médicas e hospitalares. Os bilhetes vêm com o número da apólice e o da seguradora impressos no verso.

Esclarecimento – A entrevista com o presidente Ednaldo Rodrigues também serviu para questioná-lo sobre uma declaração sua na edição de 5/10/2005 do jornal. Na ocasião, o cartola admitiu que a entidade fazia inspeção das praças esportivas e chegou a frisar: “Se acontecer algum problema, a gente é que responde”.

Dois anos depois, alegou que ali se referia a competições estaduais. No caso, a Segundona do Campeonato Baiano, que acabou não sendo realizada por falta de laudos de segurança.

Nelson Barros Neto, do A Tarde


Seu Comentário

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Fonte Nova: Familiares de vítimas reclamam

Comentários
Familiares de três vítimas da tragédia do Estádio da Fonte Nova rezaram uma missa nesta terça-feira, marcando um mês do desabamento de um lance de arquibancada, resultando em sete mortos. A Igreja da Vila Natal, na Fazenda Grande do Retiro, onde Anísio Marques Neto, Márcia Santos Cruz e Djalma Lima Santos eram vizinhos, ficou lotada. A missa atrasou em uma hora, só sendo iniciada às 17h.

Parentes das vítimas voltaram a se queixar do descaso de integrantes do governo e do Esporte Clube Bahia, mandante no jogo em que ocorreu o acidente. “A Sudesb dá uma cesta básica por semana. O governo e o Bahia apenas passam palavras bonitas, depois deixam cair no esquecimento”, reclamou Fábio Marques, irmão de Anísio.

O pai de Djalma, o agente de limpeza Djalma Santos, disse ter encaminhado à Federação Bahiana de Futebol, há duas semanas, documentação para o processo de recebimento do seguro obrigatório, mas, segundo ele, não obteve resposta. Sete buquês de flores e uma vela acesa foram deixados no local exato onde os corpos caíram, na Fonte Nova.

A Tarde

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Tragédia no estádio completa um mês 25/12/2007

Comentários
25 de novembro de 2007. A Fonte Nova estava lotada de torcedores para assistir à partida Bahia X Vila Nova. Os ingressos não foram suficientes para a quantidade de tricolores que queriam prestigar a partida e cerca de 10 mil pessoas tiveram que ficar do lado de fora do estádio. Era pra ser um dos dias mais importantes da história do Bahia, afinal o tricolor só precisava de um empate para garantir a subida para a Série B.

Tudo parecia dar certo quando o árbitro marcou pênalti em Elias. Nonato bateu e perdeu o pênalti. Mesmo assim, a festa na Fonte continuava.

Com o final da partida em zero a zero o Bahia garantiu a classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro. Boa parte da torcida que estava do lado de fora e muitos que já estavam dentro do estádio, invadiram o campo. A data que era para ser celebrada com alegria acabou marcada por cenas de vandalismo.

A esta altura, o pior já tinha acontecido. Aos 35 minutos do segundo tempo uma parte da arquibancada onde ficava a torcida organizada Bamor cedeu. Nove torcedores caíram. Sete morreram.

A maior tragédia do futebol brasileiro tirava o brilho da conquista do Bahia. Tudo isso era apenas o início de um período de muita dor para familiares e amigos das sete vítimas.

Começava também a apuração das responsabilidades com a instauração de um inquérito policial. Os envolvidos com o jogo e o estádio foram ouvidos. E, um mês depois, o processo ainda está em andamento.

Um laudo técnico feito no estádio atestou o que muitos já desconfiavam. A estrutura estava desgastada e a conservação não tinha sido adequada.

Diante de toda essa situação, a juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública, Aidê Ouasis, determinou o afastamento da diretoria do Bahia. A liminar foi cassada e Petrônio Barradas voltou a assumir o cargo de presidente e Marco Costa reassumiu sua função de diretor administrativo e financeiro.

Ibahia

sábado, 22 de dezembro de 2007

Sancionada pensão para dependentes de vítimas da Fonte Nova

Comentários
O governador Jaques Wagner sancionou, ontem (21), a lei 10.954, que autoriza o Poder Executivo a instituir pensão especial para os dependentes das vítimas do acidente ocorrido no estádio da Fonte Nova, no dia 25 de novembro.

A lei, que também é assinada pelos secretários da Casa Civil, Eva Dal Chiavon, e da Administração, Manoel Vitório, será publicada na edição de amanhã (22) do Diário Oficial do Estado.

O valor, o prazo de duração, a comprovação dos requisitos legais e todas as demais condições para recebimento e pagamento da pensão especial serão definidos em regulamento. A lei autoriza o Poder Executivo a promover as alterações necessárias no orçamento, respeitando-se os valores globais, para o seu cumprimento.

Para a concessão da pensão especial é indispensável a assinatura de termo de transação, em que o beneficiário ou seu representante legal dê quitação plena e irrevogável de todas e quaisquer obrigações eventualmente decorrentes do acidente, imputáveis a órgãos ou entidades da administração pública estadual.

A condição de dependente seguirá os termos e condições da lei federal 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social. Por esta lei, são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, os pais, e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.

*Fonte: Agecom

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Fonte Nova não tinha condições de uso

Comentários
Só Bobô “ganhou” dele. O segundo maior depoimento sobre o inquérito que investiga a tragédia da Fonte Nova durou quase quatro horas e se mostrou bastante importante.

Embora o diretor de operações da Sudesb, Nilo dos Santos Júnior, tenha se recusado a falar com a imprensa ao deixar o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), a delegada Marilda Marcela da Luz abriu o jogo: “Ele assumiu que não era o momento de reabrir os portões do estádio. Ele achava que deveria ser feito uma reforma total”.

Por que, então, não foi tomada nenhuma atitude? Nilo alegou não possuir qualquer autonomia para tal, acrescentou Marilda. “Quem tinha seria o superintendente do órgão (Bobô), que determinou algumas reformas emergenciais”, completou a delegada. Taí o motivo de o Octávio Mangabeira ter a sua lotação liberada no primeiro trimestre do ano, após começar 2007 com apenas 25% de sua capacidade máxima.

Outra informação relevante repassada foi que ela não conseguirá concluir a apuração nos 30 dias estabelecidos pelo Código Penal, conforme prometido desde o início dos trabalhos. O prazo, assim, que seria o próximo dia 25, será prorrogada até meados do mês de janeiro. “Fiz tudo que podia, mas infelizmente não deu. Uma pessoa vem, cita a outra e aí temos que ouvi-la”, lamentou.

Cerca de 30 pessoas já foram ouvidas por Marilda, que não soube dizer quem serão os próximos depoentos. É certo, porém, que ainda vai intimidar representantes da Codesal (Coordenadoria Especial de Defesa Civil) e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

Pela manhã, o engenheiro José Rebelo Neto, da Sucom, também esteve no prédio da Secretaria de Segurança Pública.

A Tarde

Justiça tira Petrônio

Comentários
A juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública, Aidê Ouais, determinou ontem (17), que a diretoria do Esporte Clube Bahia S/A seja afastada em um prazo de 24 horas. A magistrada impõe ainda que a Confederação Brasileira de Futebol, CBF, e a Federação Bahiana de Futebol não organizem e nem realizem partidas de futebol em estádios baianos que apresentem condições indevidas.

De acordo com a decisão publicada hoje no Diário do Poder Judiciário, os dirigentes do Bahia devem ser afastados por terem permitido que eventos desportivos fossem realizados no Estádio Otávio Mangabeira, “mesmo tendo conhecimento prévio das precárias e estarrecedoras condições do estádio, bem como por ter-se omitido quanto à adoção das diligências necessárias para garantir a segurança dos torcedores”.

De acodo com a juíza, à CBF fica ainda a obrigação de comunicar às federações estaduais de futebol a situação dos estádios baianos, de não organizar competições e nem realizá-las sem a prévia elaboração de planos de ação referentes à segurança, transporte e contigências que possam ocorrer durante a realização do jogo.

Ao Governo da Bahia, Aidê Ouais determina que disponibilize policiais militares para atuarem nos eventos desportivos realizados em qualquer um dos estádios localizados na Bahia, o que, segundo ela, deve ocorrer em quantidade compatível com o número de pessoas presentes na partida.

Todas essa medidas foram tomadas por conta da tragédia ocorrida na Fonte Nova, no último dia 25 de novembro, quando sete pessoas morreram após o piso de uma parte da arquibancada ceder.

De acordo com a assessoria de imprensa do Bahia, a diretoria do clube ainda não foi comunicada da decisão da juíza e, assim que for notificada oficialmente, a direção do clube, juntamente com o departamento jurídico, vai tomar as providências necessárias.

Ibahia

Bobô também ameaçado

Comentários
A representante do MP baiano também encaminhou à Justiça uma petição requerendo, liminarmente, o afastamento do diretor da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares da Silva (o Bobô), e do diretor geral de operações Nilo dos Santos Júnior, por terem negligenciado quanto às irregularidades estruturais e à manutenção devida do estádio. Contestando a versão dada pelos atuais gestores da Sudesb, que, após a tragédia, afirmaram à imprensa que desconheciam a gravidade da situação da Fonte Nova, Joseane Suzart explica que, em 16 de março de 2007, durante reunião na sede do Ministério Público, foi apresentado, à Procuradoria Jurídica e ao atual diretor geral de operações da Sudesb, um relatório técnico de avaliação e requalificação da Fonte Nova de setembro de 2006, elaborado pela Geluz Engenharia e Construções Ltda, apresentado pela própria Sudesb ao MP, retratando a possibilidade de ocorrência de “colapsos parciais” no estádio.

Na petição, requer também a promotora que a Sudesb mantenha interditado o estádio, nos termos já determinados pelo governo da Bahia, bem como isole as áreas adjacentes a ele e interdite o Ginásio Antônio Balbino, a Escola Estadual da Fonte Nova, a própria sede da superintendência e todas as demais edificações públicas contíguas e ou que fazem parte da Vila Olímpica, a fim de evitar novas tragédias.

Correio da Bahia

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Bobô: “A Sudesb não tem poder para liberar estádio ou não”.

Comentários
“A Sudesb não tem poder para liberar estádio ou não”. Com estas palavras, o superintendente do órgão, Raimundo Nonato Tavares da Silva, livrou, nesta quinta-feira, 13, à noite, a autarquia estadual de qualquer tipo de culpa pelo desabamento de uma laje de 5 x 0,78 m da Fonte Nova, no último dia 25 de novembro.

A declaração de Bobô aconteceu momentos após deixar o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), onde prestou o mais longo e misterioso depoimento do inquérito que investiga a morte de sete torcedores tricolores no empate sem gols com o Vila Nova. Depois de não comparecer por duas vezes ao local (segunda-feira passada e quinta-feira pela manhã, conforme relato da delegada Marilda Marcela da Luz), o ex-craque demorou pouco mais de cinco horas até atender a uma ávida imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública.

Quando a porta se abriu, quem primeiro surgiu foi a própria delegada, devidamente sabatinada pelos repórteres. “Segundo ele, a desinterdição do estádio foi obra do STJD”, disse, referindo-se ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, autor meses antes da interdição, no final de outubro de 2006, impulsionado pela invasão da torcida do Bahia em um jogo contra o Ipatinga.

Em seguida, enquanto confirmava a tese, Bobô lembrou que o documento de desinterdição se deu ainda em dezembro. Portanto, na gestão anterior da Sudesb, ora comandada por Marcos Cavalcante.

Leia a matéria na íntegra aqui




sábado, 8 de dezembro de 2007

Abraço homenageia vítimas da tragédia

Comentários
A proposta de abraçar a Fonte Nova não foi cumprida como havia sido planejada, mas a vontade de homenagear os sete torcedores do Bahia mortos no último dia 25 de novembro durante o jogo do tricolor contra o Vila Nova, de Goiás, foi maior que a quantidade de braços (cerca de 300) que se entrelaçaram na Ladeira da Fonte Nova na manhã deste sábado, 8.

Somente cerca de 150 pessoas atenderam ao chamado da comunidade "Adversários sim, inimigos nunca", lançada no site de relacionamento Orkut há cerca de dez dias na internet.

A idéia, capitaneada pelos estudantes Fernanda Varela, André Roberto, Paulo Leite, Ana Virgínia Vilalva e Daniel Valverde, surgiu há cerca de duas semanas quando os amigos, torcedores do Bahia e do Vitória, abriram a comunidade para discutir a tragédia que abalou todo o Brasil. "Tivemos a idéia que foi amadurecendo à medida que cresciam as adesões", explicou Fernanda, revelando que o número de participantes da comunidade, atualmente, já ultrapassou 1,2 mil pessoas.

Segundo a estudante de Publicidade e Propaganda, a proposta inicial era reunir apenas os torcedores do Bahia, mas com o tempo, os rubro-negros foram aderindo e o movimento foi ampliando. "Recebemos muitas mensagens de apoio da torcida do Vitória, então resolvemos unir forças para mostrar a nossa indignação e passar uma mensagem de paz no futebol."

O rubro-negro Paulo Leite, de 25 anos, foi um dos que aderiu ao movimento para demonstrar que a rivalidade entre os times é somente em campo. Mas, para não confundir os adversários não hesitou em comparecer ao encontro vestido com a camisa do Vitória e enrolado numa bandeira do seu time do coração. "Vim homenagear as vítimas, dar apoio aos familiares e cobrar punição para os culpados pela tragédia", bradou.

A Tarde

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Governo pode não demolir a Fonte Nova

Comentários
Caberá a um grupo de trabalho (GT) formado por dez secretários do Governo do Estado, mais representantes da prefeitura de Salvador, decidir sobre o futuro da Fonte Nova e de que forma o estádio será adaptado para a Copa do Mundo de 2014. O grupo foi criado através de um decreto do governador Jaques Wagner na última segunda-feira.

Oficialmente criado com a função de pavimentar a candidatura da capital baiana à sede da Copa do Mundo, o GT será liderado pelo chefe de gabinete do governador, Fernando Schmidt, e terá representantes das secretarias de Infra-Estrutura, Turismo, Planejamento, Casa Civil, Trabalho e Esporte, Segurança Pública, Cultura, Meio Ambiente, além da Assessoria Geral de Comunicação Social (Agecom).

O grupo, que contará com o apoio administrativo da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), prevê a criação de Câmaras Setoriais. A principal delas é a que irá decidir sobre o estádio que será utilizado para sediar os jogos do mundial.

O coordenador do GT, secretário Fernando Schmidt, garante que as partidas da Copa do Mundo serão disputadas no local onde hoje é a Fonte Nova, caso a candidatura de Salvador seja sacramentada. O secretário de Trabalho e Esporte, Nilton Vasconcelos, também confirma: “O objetivo é construir ali o nosso estádio da Copa”.

De acordo com Schmidt, o futuro da Fonte Nova será definido pelo grupo de trabalho. “Ainda não sabemos se o estádio será adaptado através de uma grande reforma ou se ele será demolido” diz. Apesar da dúvida, o governador Jaques Wagner já se mostrou favorável à implosão da velha Fonte.

Veja matéria completa aqui

Governo dar assistência as vitimas da Fonte Nova

Comentários
O Grupo de Acompanhamento constituído pelo Governo do Estado para atender aos familiares das vítimas do acidente ocorrido no Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) está trabalhando em tempo integral para atender às determinações do Governador Jacques Wagner.

Coordenado pelo Diretor Geral da Sudesb, Raimundo Nonato Tavares da Silva (Bobô), o Grupo de Acompanhamento vem adotando as providências necessárias à prestação de assistência às famílias das vítimas fatais, bem como a instauração dos procedimentos necessários à apuração e ressarcimento dos danos pessoais.

“Estamos seguindo as orientações expressas do Governador de modo a minimizar o sofrimento dessas famílias. O nosso atendimento não é somente material. Mas, também, psicossocial e jurídico”, justificou Bobô.

Desde que ocorreu a tragédia já foram prestados esclarecimentos às famílias com relação às providências que serão adotadas para ressarcimento das despesas realizadas com o funeral e para requisição do seguro obrigatório junto à Federação Baiana de Futebol (FBF).

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza disponibilizou uma equipe composta por assistente social e psicóloga para o acolhimento às famílias que atua ao lado da assistente social da Sudesb.

A partir de visitas domiciliares e hospitalares estão sendo identificadas as necessidades de cada família e adotadas as medidas, tais como: apoio material (cestas básicas e auxílio financeiro), atendimento psicossocial e outras ações que forem demandadas, em articulação com a rede de serviços públicos.

Foto - Patrícia Vasquez Palmeira sobreviveu a queda.

Fonte -EQUIPE ASCOM/SUDESB

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Promotora responsabiliza CBF e Bahia por mortes na Fonte Nova

Comentários
Apesar de afirmar não ser responsável, o Bahia deve ser indiciado pela morte de sete torcedores na última semana, após a queda de um degrau da arquibancada da Fonte Nova. Além do clube, a promotora Joseane Suzart, do Ministério Público da Bahia, divulgou que a CBF, a Federação Baiana de Futebol e o governo do Estado também serão incluídos.

A promotora explicou à Agência Estado que todos os órgãos citados participaram diretamente ou indiretamente para o desfecho trágico ocorrido durante a partida entre Bahia e Vila Nova, pela 12ª rodada do octogonal final da Série C do Campeonato Brasileiro, que marcou o retorno do Tricolor baiano à Segundona.

Na próxima semana, Joseane espera iniciar o depoimento de familiares das vítimas para estipular o valor da indenização que pedirá dos indiciados. Já na esfera policial, a segunda-feira marcou o primeiro dia de depoimentos de vítimas da tragédia no Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) de Salvador.

A delegada Marilda Marcela da Luz ouviu quatro parentes de torcedores mortos no incidente e mais uma testemunha da tragédia. A queda do setor da Fonte Nova provocou a morte de sete pessoas e deixou mais de 60 feridos, sendo que dois deles ainda seguem internados em hospitais de Salvador.

Agência Estado


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fonte Nova: Memorial do desastre

Comentários
De local de tragédia a ponto turístico de grande freqüência. Assim tem sido a rotina na Fonte Nova depois do desabamento que vitimou oito pessoas e deixou dezenas de feridos, no último dia 25. Ontem, domingo (25) de céu cinzento, muitos curiosos aproveitaram para ver o lugar exato de onde caíram para a morte os torcedores do Bahia que estavam no anel superior do estádio.

Manchas de sangue, pernas de óculos quebrados na queda e até o chinelo usado por uma das vítimas. Ainda estão lá estas e outras marcas do segundo maior acidente da história do futebol brasileiro, ultrapassado apenas pela tragédia do estádio Albertão, em Teresina, no Piauí, quando oito pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas, durante uma partida entre Tiradentes e Fluminense, em 28 de agosto de 1973.

O lugar virou uma espécie de memorial do desastre. Diversos torcedores, parentes e amigos das vítimas colocaram velas, ramos de flores, fitinhas do Senhor do Bonfim, cartazes com o nome dos mortos e faixas pretas em sinal de luto. Porém o que mais atrai os olhares curiosos não são as homenagens, e sim o buraco formado na arquibancada, responsável por inúmeras teorias sobre o acidente.

Ibahia

domingo, 2 de dezembro de 2007

Governador participa da missa que homenageou vítimas da Fonte Nova

Comentários

Uma missa realizada na Catedral Basílica, Centro Histórico de Salvador, prestou homenagens às sete vítimas da tragédia no estádio da Fonte Nova na noite de ontem ( 1º)

Participaram da missa o governador da Bahia, Jaques Wagner, a primeira-dama Fátima Mendonça e o superintendente de Desportos do Estado da Bahia Raimundo Nonato, o Bobô, além de familiares das vítimas e membros de torcidas organizadas do Bahia.

Neste domingo, 2, fará uma semana que de parte da arquibancada da Fonte Nova desabou na partida entre Bahia e Vila Nova, que garantiu o acesso da equipe baiana à Série B.

Na sexta passada, foi divulgado um laudo do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea) apontando a falta de manutenção como a principal causa do acidente.

A Tarde

sábado, 1 de dezembro de 2007

Inspeções para plano de implosão da Fonte Nova

Comentários
Desde quarta-feira, o consultor do consórcio Arcomenge/CDI, Manoel Jorge Dias, realiza inspeções “informais” na área externa do estádio para definir um plano de implosão.

O consórcio realizou grandes demolições, como a do complexo penitenciário do Carandiru (2002/2005), de um hotel inacabado na Praia de Stella Maris, em Salvador (1998), e mais recentemente, em agosto, do prédio da TAM atingido após a queda do avião que fazia o vôo 3054.

Segundo o engenheiro de minas, trata-se de uma antecipação a uma provável solicitação dos serviços da empresa. “Nós fazemos as maiores demolições no Brasil e há grande chance de sermos contratados”, justifica Manoel, que aguarda a licitação para a escolha da empresa que deverá arcar com os custos da obra.

Para o especialista, a implosão de uma única vez é perfeitamente viável, mas cabe à Defesa Civil se cercar dos pareceres devidos para garantir a segurança da operação.

Com a interdição da Fonte Nova, 28 comerciantes que alugavam espaços, onde funcionavam bares e lanchonetes no estádio, têm até a próxima quarta-feira para retirar seus pertences do local. Na saída da reunião com a diretoria da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), quando foi anunciado o prazo, parte dos cantineiros saiu reclamando do tratamento dispensado. Eles consideram que deveriam receber indenização do estado pelo rompimento do contrato.

“Eu lamento pela situação deles, mas não há sentido em continuar com cantinas aqui se o estádio está interditado e o decreto do governador determina o fim do contrato”, afirma o superintendente Raimundo Nonato, o ex-jogador Bobô. Ele acrescentou ainda que todos os cantineiros alugavam os espaços após passarem por uma licitação, cujo contrato prevê a interrupção em situações como a da interdição.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Crea conclui laudo sobre estádio da Fonte Nova

Comentários

30/11/2007 - 17h18m

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-BA) encaminhou hoje (30), laudo sobre a vistoria realizada na última terça-feira (27) no estádio da Fonte Nova. Os ofícios foram enviados ao Ministério Público Estadual, procurador Geral Lidivaldo Raimundo Britto, ao governador do estado, Jaques Wagner e ao presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo.

Diante do exposto e das evidências observadas, os engenheiros do Relatório, concluem que o acidente ocorrido no Estádio Octávio Mangabeira, (Fonte Nova), situado na Ladeira das Fontes das Pedras, s/nº, Nazaré, decorreu de colapso da estrutura da laje, especificamente, nos pontos de engaste com a face inferior da viga, devido a corrosão na armadura de ligação entre as duas superfícies (da viga e da laje).

Constatou-se que o acidente resultou, entre outros fatores, da falta de manutenção na estrutura de concreto armado do estádio, tendo-se observado a incidência de umidade generalizada resultante de acúmulo de água e deficiência de drenagem, o que concorreu para o elevado grau de corrosão das armaduras, com redução significativa de sua seção, comprometendo ainda a resistência estrutural.

Verificou-se que, em locais adjacentes ao acidente, ocorrem problemas semelhantes com a estrutura que colocam em risco iminente a utilização daquele equipamento. Foram observados que os problemas se estendem aos pilares, vigas e demais lajes, comprometendo a resistência de tais elementos estruturais e o seu uso com segurança.

Por tudo o exposto, conclui-se pela necessidade de interdição total do Estádio até que se defina, através de análise técnica, feita por especialistas (uma equipe multidisciplinar de profissionais) a melhor alternativa para o equipamento, ou seja a possibilidade de recuperação total da estrutura ou nova construção, em função da viabilidade e dos custos previstos. Nas condições atuais não há condição de funcionamento.

Fonte: Crea-BA

Baianos vão se despedir da Fonte Nova com abraço simbólico

Comentários

A decisão do governo baiano de demolir a Fonte Nova fez com que a histórica rivalidade entre torcedores de Bahia e Vitória fosse colocada de lado. Para se despedir do estádio, templo absoluto do futebol baiano, tricolores e rubro-negros irão se unir em um grande abraço simbólico no próximo dia 8 de dezembro, às 7h30.

A idéia do "Grande abraço à Fonte Nova", como foi batizada a iniciativa, surgiu em discussões no site de relacionamentos Orkut após a tragédia que matou sete pessoas no desabamento de parte da arquibancada.

Segundo o estudante Matheus Pereira, de 17 anos, a possibilidade do estádio vir a ser demolido logo começo a ser debatida, acompanhada da idéia do abraço. "Este é um ato dos torcedores da Bahia e não do Bahia. A Fonte Nova é um cartão postal de Salvador, de todo o Estado, e é uma forma de dizer muito obrigado por tudo que o futebol baiano viveu neste estádio", afirmou o jovem organizador.

A escolha da data, segundo Matheus, foi feita pelo fato de 8 de dezembro ser o dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Bobô: É tudo balela!

Comentários
“É balela. Não existe essa história de que a Sudesb, o governo do Estado, descumpriu ou não valorizou um laudo de que o estádio da Fonte Nova corria risco de desabamento. Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Ministério Público, nenhum desses órgãos possui efetivamente a condição técnica de dizer como está a estrutura de arquibancada, do concreto, do estádio da Fonte Nova”.

“Minha vida foi construída neste estádio, vestindo a camisa do Bahia. Tenho cuidado com a segurança do torcedor, e ninguém está mais sentido, mais doído que eu”, completou o diretor da Sudesb, no início da entrevista. E acrescentou: “Uma das medidas que tomei quando assumi, em janeiro deste ano, foi chamar a engenharia através da diretoria de obras, para fazer um levantamento sobre os nossos equipamentos esportivos.

Nessa época inclusive ele recebeu por meio de uma empresa de Salvador, um laudo de uma vistoria feita na Fonte Nova em setembro do ano passado. Segundo esse laudo, pequenas mudanças foram feitas e a questão estrutural foi liberada. Durante quatro meses, trabalhou em cima da estrutura, apontou algumas poucas coisas, que nós fizemos principalmente em relação ao concreto que estava caindo. Nós fizemos essa etapa”.

“A Sudesb não tem poder de interditar a Fonte Nova. Quem tem que fazer isso é a justiça, que não fez após ter recebido o laudo".

"O artigo 19 do Estatuto do Torcedor, a entidade que organiza o evento esportivo (no caso, a CBF) e o clube mandante (o Bahia) têm a "responsabilidade objetiva" sob qualquer incidente na partida. O que significa que eles são os responsáveis pelos prejuízos causados à torcida "independentemente da existência de culpa".

"Cabe à Justiça Comum a tarefa de comprovar a culpa dos envolvidos e, em caso de pena, afastá-los de seus cargos como determina o Estatuto. A CBF se defende dizendo que recebeu um laudo da Federação Baiana de Futebol, obtido junto à Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, liberando a Fonte Nova para a realização de partidas"

Trecho da entrevista de Bobô a TV-Bahia

Fonte Nova: Aluguel baixo e despesas altas

Comentários
O mesmo borderô que maltrata a Fonte Nova é generoso com uma extensa lista de beneficiários de suas rendas.

O Estádio baiano, onde morreram sete pessoas no domingo por um acidente causado ao que tudo indica por suas péssimas condições, é, entre os grandes estádios públicos do país, o que tem o valor do aluguel mais baixo (cobra 6% da renda bruta, contra 10% ou 12% da maioria dos outros campos).

Em compensação, tem uma imensa lista de taxas. Isso significa que na Fonte Nova o valor do aluguel, o dinheiro que efetivamente deveria ser gasto na sua manutenção, responde por só 17% do total das despesas de um jogo com casa cheia.

Em outros estádios públicos essa marca varia dos 19% do Mineirão, em Belo Horizonte, aos 36% do Machadão, em Natal. Estádios particulares usados por terceiros também valorizam mais o aluguel --no último clássico entre Corinthians e Palmeiras a locação do Morumbi respondeu por um quarto das despesas.

"Fizemos de tudo para ajudar o Bahia, por isso cobramos um aluguel barato", diz Bobô, ex-ídolo do clube e hoje diretor da Sudesb (Superintendência dos Desportos da Bahia), que administra a Fonte Nova.

O borderô dos jogos do Bahia na terceira divisão mostram bem o quanto o valor destinado diretamente à Fonte Nova é pequeno quando comparado com outros descontos. Os 14 jogos com portões abertos do clube pela competição renderam R$ 301 mil para a Fonte Nova.

A Federação Bahiana de Futebol teve direito a R$ 251 mil para praticamente nada, já que até para mandar alguns funcionários encarregados de funções como afixar o regulamento da competição a entidade faz cobranças extras --no trágico jogo contra o Vila Nova-GO foram quase R$ 5.000 para isso.

"Não sei por que o Bahia paga taxa de quadro móvel para a federação se ele leva o seu próprio quadro móvel", diz Bobô. "Os funcionários da federação servem para nos fiscalizar", afirma Claus Dieter, gerente operacional do Bahia.

Salvador é uma das raras cidades que cobram ISS no futebol nacional --isso não existe em São Paulo, Rio e Porto Alegre. A alíquota é de 2,5%. Só na Série C isso representou uma sangria de R$ 50 nos borderôs.

Uma federação de jogadores profissionais morde 1% da renda bruta, o que acontece em praticamente todo o país (São Paulo é uma rara exceção). Quem joga na Fonte Nova ainda precisa pagar pelo policiamento e até pelo lanches dos agentes --no último domingo, foram quase R$ 5.000 para saciar a fome dos policiais.

PAULO COBOS