quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Entrevista com Doriva, novo técnico do E.C Bahia

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O Esporte Clube Bahia já tem um técnico, mas ainda não tem um time nem para começar o pobre Campeonato Baiano que começa para o tricolor em 31 de Janeiro. O atual treinador se sabe que no passado foi um excelente volante, mas já não marca, não corre ou faz gol, portanto, ainda que não se espere, mas pelo menos se deseja que o clube contrate jogadores que assumam a camisa do Bahia de verdade. 

O treinador só desembarca em Salvador na próxima terça-feira, no entanto, já nesta quarta-feira, em entrevista ao programa de rádio do Bahia, falou das suas expectativas em comandar o tricolor pela primeira vez, e já começou bem ao afirmar que deseja contar com Marcelo Lomba em 2016, aliás, medida acertadissima, já que o Bahia não tem goleiro algum que mereça a confiança dos seus torcedores.

O técnico afirmou que pretende implantar no Bahia uma filosofia de jogo ofensiva. Um time que proponha jogo, seja ofensivo, tenha equilíbrio, seja atrativo e vença, essa é a idéia do treinador naquele blá blá blá bem característico

Resta saber se terá material humano capaz de atingir todas essas metas ou terá que cumprir as promessas se valendo apenas de jogadores da base imposto pela garganta abaixo pela direção na até então fracassada política de aproveitamento das divisões de base de qualquer jeito que assistimos neste ano. 

Técnico pode dá padrão de jogo, organização tática e outros melhoramentos, mas qualidade técnica, isto só pode acontecer com a contratação de bons jogadores e o Bahia neste momento não tem NENHUM, isto não acontecendo o novo treinador terá que fazer milagre.

Na entrevista, o técnico ainda falou sobre Kieza, Marcelo Lomba, as negociações com o presidente do Bahia, a divisão de base, a forma de jogar, o elenco e seu 2015 que foram retratadas pelo site Globo Esporte, mas sem nenhuma novidade importante ou digno de registro de destaque.

Kieza
- O Kieza é um grande jogador. Ídolo do torcedor baiano. Jogador que faz a diferença. Goleador. Indispensável para nós. Conversamos com o presidente, e ele vai fazer de tudo para que o Kieza permaneça.

Tática
- Eu gosto de jogar nesse sistema [4-2-3-1]. Mas não engesso a equipe para jogar sempre dessa maneira. Às vezes tem que alterar. Mas não altero tanto. Faço 4-2-3-1 para 4-1-4-1. As equipes que dirijo são equipes que participam bastante do jogo, têm entusiasmo e são muito compactadas ofensivamente e defensivamente.

Marcelo Lomba
- O Lomba é um grande goleiro, grande pessoa, profissional excelente. Estamos na expectativa. A partir do momento que assinei contrato, minha torcida é para que fique. Grande goleiro e líder no elenco. Tive a oportunidade de conhecê-lo em Campinas. Relacionamento bacana. Pude aproveitá-lo da melhor maneira possível. Se trata de um grande goleiro.

Conversa com Sant’Ana
- A gente conversou um pouco sobre o clube. Me apresentou basicamente o clube. Falamos sobre os projetos, desafios e com certeza sobre nomes. Vou estar em Salvador na segunda-feira para a gente sentar e alinhar os pensamentos com o Nei Pandolfo. Para que a gente possa correr na frente. Buscar atletas que consideramos ideais para nosso trabalho.

Elenco
- Tenho olhado com cautela para a gente entender bem aquilo que temos na mão, os atletas que podemos contar, que são indispensáveis, para não errar. Momento de planejar bem a temporada. Temos objetivos claros. Queremos um time forte para buscar os objetivos.

Temporada 2015
- Acho que estava em momento muito bom no Vasco, confiante, fazendo um bom trabalho, e estávamos na terceira rodada da Série A, três empates, a equipe tinha bom rendimento. Na sequência, os resultados não aconteceram. A equipe perdeu força, os reforços não tinham condições de estrear, no consenso decidimos sair. Tive o convite do Grêmio, não aceitei, entendi que estava bem no Vasco. Saí porque as coisas não caminharam como esperava. Na Ponte, as coisas aconteceram e recebi o convite de trabalhar no São Paulo. Sempre muito atrativo. Meu objetivo na Ponte era manter na Série A. Estávamos muito próximos desse objetivo. Faltavam quatro pontos e muitos jogos pela frente. Estava cômodo para tomar uma decisão. Conversei com a diretoria, oportunidade única de trabalhar no São Paulo. Entendia o momento político conturbado, mas não imaginava que o desfecho iria ser dessa forma. O presidente saiu, que havia feito o convite para mim, e saiu o gerente de futebol. E depois trocou toda a diretoria. Foi uma questão política, de não ter sido eles que me levaram, resolveram fazer a mudança. O que me motivou a sair da Ponte foi a identificação com o clube. Tenho história no São Paulo. Projetava isso para a minha carreira. As coisas não aconteceram como queria, mas serviu de aprendizado, amadurecimento. Tirei lições que me tornaram melhor.

Base
- Sem dúvida. Importante isso. O futebol baiano sempre foi uma mãe, gerou muitos craques para o futebol brasileiro. O Bahia tem essa metodologia. Utiliza muitos jovens. Gosto de trabalhar com jovens, está com sede, ambição vontade de vencer na vida. Você desafia e ele busca objetivos por estar com ambição de crescer. Sem dúvida vou olhar com muito carinho para esses jovens que temos na casa.

Futebol no Nordeste
- A bem da verdade não trabalhei diretamente no futebol nordestino. Joguei muitas vezes contra clubes do Nordeste. Mas sei que a característica de futebol ofensivo, o público empurra muito. O torcedor do Bahia comparece. Teve recorde de público na Série B. O torcedor vai continuar nos empurrando. Fundamental para fazer um Bahia vitorioso. Que seja uma cultura permanente. Que as gerações que estão vindo encontrem um Bahia vitorioso e perpetuem isso por muitos anos.

Campeonato Baiano
- A gente sabe que o campeonato estadual é importante, vamos buscar o tricampeonato. Mas a gente sabe que esse período tem que ser usado para avaliar o elenco, fazer ajustes. Se a gente detectar que precisa trazer peças, vamos fazer isso para fortalecer a equipe e fazer uma temporada brilhante, vitoriosa que culmine com os títulos que podemos alcançar e o acesso. Nosso desafio é fazer com que o Bahia vença e retorne para a Série A o mais rápido possível.

Estilo do camisa 10
- Gosto de jogar com meia, que o meia tenha mobilidade, condutor de bola, que faça o deslocamento profundo. Não gosto de meia estático, prefiro o jogador voluntarioso, que trabalha em movimentação.

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