Foto: Luciana Flores |
O ECPP Vitória da Conquista de forma invicta se tornou Pentacampeão da Copa Governador neste domingo, Invicto como no início quando se tornou campeão e conseguiu o acesso em 2006, com campanha de sete vitórias e sete empates, quem esteve no Lomantão naquela tarde de domingo jamais esquecerá o lançamento do Roque que encontrou Danilo, que fez tremer o Lomantão – como nunca. Aquele time que iniciou a história do time conquistense no Campeonato Baiano tinha Rafael, Roque, Sílvio, Danilo, não é sempre que dá para agir localmente e pensar globalmente, não é todo ano que Conquista e Guanambi fazem um Rafael e um Tatu, o clube precisa investir, buscar fora, utilizar recursos, e foi assim, com o pé no freio, sem esquecer de acelerar que o time conquistense se tornou pentacampeão da Copa Governador, em sete edições, e fazendo excelentes campanhas no Campeonato Baiano, chegando, inclusive com chances de título na última rodada, em algumas oportunidades.
Com excelentes campanhas no Campeonato Baiano e com os títulos da Copa Governador o ECPP obteve a chance de participações em campeonatos nacionais, na Série D e na Copa do Brasil, todavia, sem apoio do Município o controle financeiro precisa ser feito demasiadamente pois, se o clube pisar na bola e colocar a mão onde não alcança, corre o risco de perder o direito de apresentar novos projetos, dessa maneira, o ECPP que com o título da Copa Governador tem o direito de escolha entre Copa do Brasil e Série D do Brasileirão ficará com a Copa do Brasil. A escolha pela Copa do Brasil se dar pela dificuldade financeira, pois para custear viagens e elenco competitivo na Série D, sem o apoio financeiro e municipal e com estádio vazio se torna difícil, como foi na Copa Governador, que na final não conseguiu alcançar os 1.500 pagantes, na Copa pagar para jogar pode ter como retorno o acesso à competição nacional, enquanto que na Série D, fazer o mesmo só colocará o time na lista dos inadimplentes e figurantes de Campeonato, precisa-se estar inicialmente estruturado e em condições de buscar o acesso.
Em 11 anos de história, o ECPP tem conseguido quase sempre montar um time competitivo, ainda que a escolha pela Copa do Brasil por um lado seja uma espécie de estacionar no seu desenvolvimento no Futebol, por outro lado, é estar agindo com uma estratégia de longo prazo pensando na estruturação do time para garantias de parceiros comerciais. O torcedor não pode ver a escolha da Copa do Brasil como perda de moral para o time, que passa a oportunidade de avançar a nível nacional, pois enxergar o posicionamento do time como um sistema moral, sob pena de caírmos num relativismo tal que tudo seria moral, e quando uma coisa é tudo, a coisa torna-se um grande nada. Não acho que essa leitura seja coerente, até porque a experiência de quatro anos disputando a Série D já mostrou que o melhor caminho no momento não estar la.