quarta-feira, 19 de julho de 2017

Maracajá diz que pode ser candidato à presidente do Bahia

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Dono de um currículo invejável e responsável por gerir o Bahia na conquista do histórico e inesquecível título brasileiro de 1988, o ex-mandatário Paulo Maracajá admitiu pela primeira vez 23 anos após deixar o cargo de presidente que pode ser um dos candidatos à presidência do clube nas eleições marcadas para dezembro deste ano. "Às vezes fico na dúvida. Mas, às vezes penso também se não seria bom enfrentar esse desafio. Se eu verificar que vou ser útil, que minhas ideias serão boas para o Bahia, serei candidato"

Aos 73 anos e atualmente aposentado como Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Maracajá afirmou que se fosse eleito não aceitaria receber salário mensal do clube, algo que ele diz ser contra. Ainda comentou ser difícil se eleger pelo sistema atual, mas ironizou alegando que se a votação fosse "com todos torcedores do Bahia na Fonte Nova, ganharia", afinal, segundo o próprio, "não tem nenhum trabalho político com associados". 

Veja a entrevista completa:
"Estou em profunda reflexão sobre esse assunto. Nas ruas, pessoas me param pedindo para que eu volte. Cada vez mais isso aumenta. Se eu vier a ser presidente, não quero receber um tostão de salário. Me disseram que isso não pode, que é obrigado a receber. Eu pego o dinheiro e coloco na conta de Irmã Dulce. Não quero dinheiro em minha mão. Não sou rico, mas o que tenho dá para viver". 

"Se fosse no estádio da Fonte Nova, só torcedor do Bahia, eu ganharia. Seria o povo votando. Hoje, como está, é diferente. Só quem vota é associado em dia com o clube. Não tenho nenhum trabalho político com associados do clube. Então os associados que estão aí são por livre e espontânea vontade de cada um ou colocados também por outras pessoas. Eu pago minha mensalidade, minha e de minha mulher. Sou sócio do Bahia. Quero que o Bahia consiga vitórias, que seja campeão, que consiga tudo de melhor. Agora, não posso dar uma posição agora. A ideia vem a minha cabeça fortemente às vezes. Aí converso com um filho meu, e ouço: 'pai, não entre'". 

"Às vezes fico na dúvida, a dúvida persiste. Mas, às vezes penso também se não seria bom enfrentar esse desafio. Não estou com a certeza ainda. Eu trabalho desde 17 anos de idade. Me casei com 25 anos e já tinha quatro filhos. Com 22 anos eu estava formado bacharel de Direito. De lá pra cá, foi só trabalho. Fui vereador de Salvador por seis anos, deputado por 12 anos, fui presidente do Tribunal de Contas dos Municípios mais 20 anos, presidente do Bahia por 22 anos. Trabalhei muito. Estou naquela de pensar. Se eu verificar que vou ser útil, que minhas ideias serão boas para o Bahia, serei candidato. Senão, votarei em alguém"

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