quarta-feira, 26 de julho de 2017

Ex-presidente do Bahia Osório nunca disse "eu roubei"

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As recentes declarações do ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, quando declara, sem o menor pudor, que "comprava" árbitros e zaga de adversários nos faz perguntar o que é folclore nesse sua declaração e o tempo de Osório, onde acusam o ex-presidente da época de ouro do Bahia de "comprar" árbitros supostamente por uma confissão no seu livro, "Futebol, paixão de catimba". Nesse livro que nenhum rubro-negro que eu conheço leu, mas parecem supor que realmente realmente aquilo aconteceu com o que falam rubro-negros mais jovens. 

Na verdade, havia credos na Bahia esportiva contra o Bahia, verdadeiros militantes que não tinham nem time. Culpavam o Bahia pelo pouco profissionalismo do Vitória e o desaparecimento do Ypiranga, Botafogo, Galicia e etc. O argumento? O livro de Osório, que não tinha qualquer confissão de suborno contra o juiz. Mas, isso parecia natural entre colegas de escola falar do livro de Osório como prova sem nunca o lerem. Todavia, no livro de Osório era citado constantemente e não há qualquer menção a "roubo" e "compra" de zaga adversária. Ninguém ouviu do próprio Osório, quando essas boatarias se espalhara, uma confirmação sobre isso nem tricolores se importunavam, pois o "choro" é livre. 

Mas, era preciso contestar a difamação da história do maior orgulho da Bahia esportiva, o Bahia. A difamação ganhou os jornais cujo redatores eram anti-Bahia por natureza. Muitos "causos" contra Osório espalhavam pela cidade, e ao que me consta não havia interesse em vasculhar o que realmente o livro de Osório tratava ao qual não existe nada comparado a que Paulo Carneiro diz ter realizado no tempo em que foi presidente do Vitória. 

"O BAHIA em 1960 jogou em Glasgow na Escócia contra um clube chamado Aberdeen e o Juiz estava roubando descaradamente, foi quando Osório chamou o Octávio que era seu intérprete e disse. - Octávio, meu irmão, diga a este ladrão que estou xingando ele todo, a mãe, o pai, a avó; diga que se ele continuar a roubar eu tiro o time de campo. E o Octávio nada de falar e o juiz descarado sempre a rir. Insisti com o Octávio. - Diga Ai veio a revelação. O Octávio me disse: - Osório, eu aprendi inglês na gramática e lá não tem xingamento. Então eu gritei um palavrão para o juiz e o safado sorria!. E, irritado, disse ao Octávio. - Se você não sabe xingar em inglês, prá que banana você veio para cá? E o Octávio, que era dotado de bom humor, de muitas leituras, essas coisas, sorriu pra mim.... Não pude agüentar e saí xingando meio mundo, sem resultado prático nenhum. A derrota estava consumada. A do BAHIA e a minha. E não culpo o time. A culpa era minha. Por que artimanhas do diabo não aprendi a xingar em inglês?." Do livro "Futebol, Paixão & catimba". 

No corredor da Vitória, na verdade, moravam os dirigentes do futebol da Bahia, donos da Federação Bahiana, membros da comissão de arbitragem. Existia até um juiz rubro-negro, chamavam-no de "Tapioca", que não titubeava em torcer enquanto apitava para o clube do coração. Como, então, havia prevalência pelo Bahia e Osório mandava nessas circunstâncias em que a elite baiana mandavam e desmandavam na federação e arbitragem? Osório não mereceu o folclore que ganhou, mas seu valor à frente do orgulho da Bahia serão sempre lembrados como inigualáveis.

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