segunda-feira, 22 de maio de 2017

Bahia: Time e Plantel

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O futebol jogado no Brasil é de quarta divisão mundial. Há um relativo nivelamento de ruindade. Um time arrumado, embora modesto, como demonstraram a Chape e o Botafogo no ano passado e, pelo visto, neste ano também, pode realizar campanha digna, alcançando, inclusive a Libertadores, como eles alcançaram.

O Bahia tem um time relativamente bom, porém o plantel é fraco, insuficiente para o clube almejar meta melhor do que escapar do rebaixamento. O Brasileiro é longo e extenuante. Virão expulsões, contusões, suspensões por cartões amarelos. Esses eventos torna imperiosa a necessidade de plantel qualificado, o que o Bahia não tem.

Guto Ferreira, apesar da oposição de grande parte da torcida (incluo-me e dou a minha mão à palmatória), demonstrou acerto em apostar numa forma de jogar e insistir nela, até que o time adquirisse uma cara, passasse a demonstrar entrosamento (a mais difícil aquisição do futebol). 

O time completo do Bahia adquiriu um padrão de jogo, com um sistema defensivo bem postado, uma boa transição de bola, capitaneada por Régis e contando ainda com uma saída de bola eficiente de Édson e Renê Júnior, a meu ver os titulares, hoje. Juninho é uma ótima opção, uma das raras no plantel que mantém o nível do time em caso de substituição.

O sistema ofensivo, que colabora com o defensivo, efetuando marcação adiantada, tendo Zé Rafael e Allione papel destacado nesse sentido, com o bônus de não deixarem os laterais adversários jogarem livres e soltos, é móvel, rápido e insinuante. Confunde o sistema defensivo adversário e dificulta a marcação dos zagueiros centrais, pela falta de referência de um camisa nove fixo.


Contudo, o aspecto negativo é o plantel. Ficou mais do que comprovado no jogo de São Januário, que os reservas, em geral, são fracos e não conseguem manter nível próximo ao dos titulares. Jogadores como Matheus Sales, Maikon Leite e Gustavo não rendem absolutamente nada de consistente para o time. Eduardo é o único lateral direita de ofício e, na esquerda, Matheus Reis, embora não seja nenhum craque, vem demonstrando desempenho superior ao de Armero.


Para que o Bahia realize uma campanha sem sustos e possa aspirar a voos mais altos, como a Libertadores, são necessárias, urgentemente, contratações que qualifiquem time e plantel. Vislumbro a necessidade de, pelo menos, sete contratações de bom nível: um lateral direita, um zagueiro, um meia de contenção e outro de ligação e, no mínimo, dois atacantes, um de referência, para situações de necessidade de mudança de estilo de jogo, e um de velocidade, que execute o que Maikon Leite é incapaz de executar.

Helder Jesus de Santana Gordilho

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