segunda-feira, 17 de abril de 2017

Enganado, Ypiranga desativa departamento de futebol

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Esperança e torcida não faltaram ao Ypiranga tradicional clube do futebol baiano que mesmo com uma enorme torcida adormecida não sobreviveu ao tempo. Tentou nos últimos anos retornar a 1ª divisão, mas apesar de todos os esforços não obteve sucesso e acumulou sucessivos fracassos e por fim, desistiu, pelo menos por agora. Em nota publicada no seu site oficial nesta segunda-feira, Ypiranga terceiro clube em números de titulo no futebol baiano, detalha os motivos para a desativação do seu departamento de futebol e garante que tomará as providencias 

Veja a nota e entenda o problema.

O ESPORTE CLUBE YPIRANGA, entidade esportiva e social centenária, diante da decisão tomada pela Diretoria Executiva, com o aval do Conselho Deliberativo, de não participar do Campeonato Baiano da Série B do ano de 2017, vem a público, em respeito à comunidade desportiva e torcedores, esclarecer as motivações que impuseram essa difícil, porém necessária deliberação.

Em função dos investimentos e da responsabilidade com os compromissos assumidos, o Clube foi obrigado a repensar o futebol profissional e paralisar o respectivo departamento, a partir de setembro de 2016. Ocorre que o ESPORTE CLUBE YPIRANGA foi procurado em dezembro de 2016 pelo Sr. JOÃO VICENTE DA SILVA, que à época se apresentou como representante legal do Sr. CARLOS DE CASTRO ZAMPONI, suposto ‘investidor’ e sócio de outras empresas com sede no estado do Rio de Janeiro, que seria, por sua vez, representado contratualmente pela esposa do Sr. JOÃO VICENTE DA SILVA, a Sra. ANA PAULA PEREIRA ABDALA DIB. A proposta era de projeto de parceria na gestão do departamento de futebol do clube, o que viabilizaria a participação do YPIRANGA nesta edição do Campeonato Baiano da Série B 2017, assegurando os investimentos no time profissional e nas categorias de base, além de todos os recursos necessários para a logística, custeio de passagens e hospedagens, alimentação, contratação de equipe técnica, física, médica, atletas, etc.

A proposta foi submetida ao Conselho do clube e o “acordo” apalavrado, todavia dependente da criação de uma empresa de capital fechado, com prazo para registro e cronograma de investimentos estipulados previamente, que não foram cumpridos.

Após o início do cronograma, os parcos investimentos foram interrompidos. O registro da empresa não foi viabilizado, ficando o ESPORTE CLUBE YPIRANGA obrigado e responsabilizado por tudo, sem a necessária segurança jurídica. Os salários de funcionários, jogadores e membros da comissão técnica não foram honrados. O pagamento de fornecedores e outros compromissos descumpridos, inclusive com a emissão de vários cheques sem provisão de fundos, caracterizando, indubitavelmente, uma situação de possíveis práticas ilícitas e irregularidades, não admitidas ou coonestadas pela Diretoria Executiva e o próprio Conselho Deliberativo. Isso motivou a suspensão da relação e a necessidade de adoção de medidas judiciais e administrativas que o caso exige e que já estão sendo providenciadas, inclusive na esfera da Justiça Pública.

Ante a gravidade da situação, ficou totalmente inviabilizada a participação do clube na competição profissional, até porque há riscos graves à sua imagem, patrimônio e finanças. A medida, tomada com muito pesar, visa principalmente a preservação da própria competição profissional e foi adotada também em respeito aos demais Clubes coirmãos que dela participarão e da entidade organizadora do evento (FBF), além de todos os envolvidos no esporte, inclusive torcedores e imprensa.

O ESPORTE CLUBE YPIRANGA repete que adotará todas as medidas judiciais necessárias para ressarcimento dos prejuízos materiais e morais decorrentes do fato, contando com a compreensão da comunidade desportiva e certo que de haverá de superar esse difícil momento.

Salvador, 17 de abril de 2017.

A DIRETORIA EXECUTIVA DO ESPORTE CLUBE YPIRANGA

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