Gostaria de falar um pouco com vocês sobre uma "brincadeira" que me pareceu mais para uma tremenda grosseria e uma manifestação de homofobia, além de ignorar regras básicas do bom jornalismo. O episódio foi com o escudo do E.C.Bahia "fake" que apareceu numa inserção de uma emissora baiana e que depois foi postado nas redes sociais.
O escudo do E.C.Bahia e o nome do nosso estado foi trocado pelo apelido "Jahia" e o ano da fundação do clube foi trocado para "1924", numa demonstração de homofobia, O curioso é que o próprio torcedor do clube rival não reconhece a história do futebol baiano sobre as alcunhas do tricolor baiano. Alcunhas como "Esquadrão de aço","Tricolor de Aço", "Campeão dos campeões". É como se houvesse passado na sua cabeça que a história pode ser escrita fora de campo com movimentos ordinários que se instalam na internet.
A não não apuração da grosseria com o escudo do Bahia, haja vista que a "brincadeira" destoou do clima de zoação entre torcedores do Bahia e do Vitória com seus estereótipos que são criados espontaneamente pelo imaginário do torcedor, é um tiro no pé da própria rede. Não é um cidadão de uma rede de comunicação que cria os estereótipos do clube rival. Essa construção é fruto de uma realidade tangível.
A torcida baiana sabe que o E.C.Vitória tem vice-títulos em todas as divisões do nacional, na série "A", "B", "C" e na Copa do Brasil, além de durante quase toda a sua história foi simples "sparring" do Bahia. Apenas para tanto basta ver as conquistas dos dois clubes dentro de campo desde as suas fundações. Não cabe também um órgão de comunicação fazer troça com o escudo do Vitória, pois há um limite claro entre um órgão de comunicação de concessão pública e torcedores de futebol.
O episódio do escudo "fake" do E.C,Bahia ficará na história como mais uma demonstração de péssimo serviços das empresas de jornalismo a quem faz o futebol da Bahia. O tratamento não profissional, o tratamento subalterno que dão ao futebol baiano de uma maneira geral, deverão em breve resultar no mesmo tratamento que o Atlético-PR e o Coritiba-PR deram a uma emissora nacional conhecida pelo monopólio que exerce no futebol do Brasil.
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