O atacante Kieza foi a grande contratação do ano passado do Esporte Clube pelos valores envolvidos e as circunstância de como aconteceu. (trocou de lado) além do valor da contratação, fato pouco comum no futebol baiano (cerca de R$ 4 milhões) e acabou sendo uma das principais peças no Leão, foi o vice-artilheiro da equipe com 15 gols, porém sua participação foi reduzida pelo também atacante Marinho, que chamou para si a responsabilidade de grande ídolo do Vitória. O atacante foi alvo de entrevista da jornalista Juliana Lisboa do Jornal A Tarde, onde falou das suas expectativas com o novo grupo que está sendo formado para a temporada 2017 e reclamou que no ano passado a bola não chegava e por isto teve dificuldades de fazer gols.
Veja a entrevista
Você ainda é referência no ataque e no time em 2017. É uma responsabilidade dobrada?
Com certeza. Desde quando eu cheguei ao Vitória, sabia que ia ser uma cobrança muito grande por parte dos torcedores. Estamos preparados para isso. Espero que neste ano seja um pouco melhor do que eu fui no ano passado, que eu consiga se soltar mais durante as partidas e dentro do clube também. Espero que nesse ano dê tudo certo.
Mas, individualmente falando, você foi o vice-artilheiro do time em 2016...
Eu fiz 15 gols no ano passado. Mas as pessoas cobram muito, mesmo quando a gente tem números em campo. Mas estou tranquilo. Mesmo ano passado não sendo um ano muito bom eu me entrosei com a equipe, consegui fazer 10 gols no Brasileiro. É só trabalhar que o resultado vem.
Foram muitas mudanças no elenco. O objetivo foi mexer do meio para frente e a bola chegar de forma mais fácil no ataque. Você acha que isso está dando resultado?
Com certeza, são jogadores de muita qualidade. É isso, no ano passado a bola não chegava, a gente tinha um pouco de dificuldade em finalizar, fazer gols. Nesse ano a gente espera ter mais tranquilidade. Mas nessa primeira etapa a gente está ainda se conhecendo, não dá para cobrar muita coisa. No amistoso a gente tocou mais esse lado de entrosar a equipe. Isso vai acontecer naturalmente, depois de três ou quatro jogos a gente já vai estar bem entrosado.
Quais as metas individuais e coletivas para 2017?
Eu quero conquistar todos os títulos que eu puder. Quero ser tri Baiano, porque ganhei um estadual pelo Bahia e outro ano passado pelo Vitória. E vai ser uma felicidade imensa pra mim. Quero ganhar a Copa do Nordeste, porque fui vice com o Bahia em 2015, então, esse ano quero chegar novamente à final e quero ser campeão. E conto com o grupo todo, com o treinador Argel Fucks, a diretoria... A gente quer ganhar tudo que puder. Nesse Campeonato Baiano a gente quer entrar com tudo para ganhar logo um título nesse início, porque é bom, né?
Você tem jogado mais como centroavante. Mas o Vitória está com o ataque em formação, e pode ser que você precise atuar como ponta, que é uma outra característica que sua. O que você prefere?
Ah, esse é o tipo de coisa que pouca gente pergunta! Eu gosto de jogar mais livre, de poder vir com a bola de trás, não muito recuado, um pouco mais solto, pela esquerda. Assim eu tenho mais facilidade de chegar na área e de fazer gol. Então eu prefiro jogar um pouco mais solto, do que estar, ali, preso diante dos zagueiros. Mas se precisar, como precisou no ano passado, eu jogo sem problema nenhum. Estou aqui para ajudar a equipe.
Alguns atletas do Vitória disseram que uma característica nova do time é que a bola tem circulado mais entre os jogadores, inclusive no ataque, e não depende de um ou outro jogador. Você concorda?
Sim, e isso é bom. A gente tem que ter mais controle de bola, de poder trabalhar a bola em todos os setores. E isso é uma coisa boa, porque envolve o adversário que hoje no futebol pra você achar um espaço pra entrar é complicado, então poder tocar bem a bola em todos os setores a gente pode encaixar o passe. E quando a gente consegue fazer o giro rápido é melhor para conseguir a penetração e chegar no gol.
Como está o entrosamento dos jogadores que estão chegando no elenco?
São jogadores experientes, que sejam e se adaptam ao ambiente rapidinho. Mas a gente vai conversando durante o dia, e como são jogadores experientes, eles pegam mais rápidos. Por mais que sejam novos aqui eles já fizeram amizades, já se divertem com a equipe, brincam muito, e isso é muito importante no futebol.
Fez amizade com alguém?
Me dei muito bem com todos. Com o Cleiton [Xavier], que chegou com o Dátolo, especialmente. Mas me dei bem com todo mundo. O Paulinho chegou e a gente já se deu muito bem...
Dá para esperar um entrosamento no ataque também?
Ah, tomara (risos). Tomara que a gente consiga se dar bem em campo também, porque isso é fundamental e é o que todo mundo espera. Torço por ele e acho que ele vai nos ajudar muito.
Um entrosamento no ataque parece ser tudo que o torcedor quer após a saída de Marinho. Como isso afetou vocês?
A gente se despediu no grupo do WhatsApp, como a maioria dos jogadores que saíram do elenco. Ele foi lá, agradeceu... Disse que foi muito feliz aqui. Ele me mandou uma mensagem e disse que gostou muito de ter jogado comigo, que era um sonho a gente ter jogado junto. Mas a gente torce por ele, porque ele é um menino bom, que tem talento. E ele precisa ganhar dinheiro, porque a vida de jogador é curta e ele tem família. Então, que ele seja feliz e siga brilhando.
Acha que a cobrança em cima de você vai aumentar?
Não, estou tranquilo quanto a isso. Ainda mais porque joguei no Bahia. A torcida ainda tem um ranço por isso, as pessoas me xingam, brigam... Mas a gente leva, não sou mais menino. Tenho experiência. Só quero ser feliz, fazer o melhor trabalho que eu puder nesse ano e voltar ao melhor futebol que eu sei que posso fazer. A cobrança vai ser grande, mas não só em cima de mim. A equipe está forte e a gente vai dividir a responsabilidade.
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