terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Vitória tentou "ludibriar" o regulamento, Diz Inter-RS

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Site ESPN publicou nesta terça-feira parte do requerimento apresentado pelo Internacional para reabertura de investigação sobre o processo 71/2016, instaurado ainda no primeiro semestre envolvendo o zagueiro Victor Ramos. Os gaúchos acusam o Vitória concorrente na briga contra o rebaixamento de terem agido com "dolo e má fé para burlar o regulamento" e ainda apresentam novas provas em torno do caso. O STJD estipulou o prazo de dois dias para que CBF e Vitória se pronunciem a respeito.

Veja as alegações do Internacional

"O Vitória conhecia perfeitamente qual era o procedimento correto a ser adotado, tanto que chegou a iniciá-lo (!), tendo conscientemente, dolosamente, e de má fé, decidido não prosseguir por esta via em razão de que isto não satisfaria seus interesses", escreve o Inter.

O departamento jurídico do clube mostra que, no dia 11 de março, o Vitória deu início ao procedimento de transação internacional de Victor Ramos após assegurar seu retorno por empréstimo ao Monterrey-MEX.

Na ocasião, o rubro-negro baiano, que agora sustenta se tratar de um movimento nacional, deu entrada nos documentos obrigatórios de acordo com as normativas do TMS (sistema de transferência da Fifa).

"Trata-se de prova cabal a respeito da ciência de que se tratava de uma transferência internacional e de quais eram os procedimentos corretos a serem escrupulosamente seguidos! Diga-se mais: as notícias em anexo dão conta de inúmeras e inequívocas declarações do Presidente do E C Vitória neste sentido", acusa o Inter.

Ainda conforme a equipe, a partir do momento em que não foi possível dar prosseguimento através do TMS porque o sistema não permitiu em razão do status do jogador, ainda ativo com o Palmeiras, o seu clube anterior, e sem que o CTI (certificado de transferência internacional) tivesse retornado à federação mexicana, Vitória e Victor Ramos firmaram requerimento à Fifa pedindo autorização especial.

De acordo com os representantes colorados, o documento redigido no dia 11 de março não teria sido encaminhado à Fifa. por fim, o time ainda acusa a CBF e o Vitória de terem feito uso de autorização outorgada pelo Monterrey para procedimento somente na Fifa em âmbito interno.

"Em síntese, a CBF e o E C Vitória sustentam a criação de uma monstruosidade: uma transferência doméstica efetuada entre dois clubes brasileiros (Palmeiras e E C Vitória), sendo que o clube brasileiro cedente a quem é atribuída a cessão para fins estritamente registrais (o Palmeiras) não somente nega como efetivamente não efetuou tal transferência por falta de legitimidade (pois não tinha vínculo com o atleta, muito menos vínculo definitivo). Mais: esta transferência doméstica, teria sido formulada mediante a interferência de um terceiro, estrangeiro, que concede uma autorização especial (o Monterrey) - como se tivesse autoridade para tanto! -, e que, para a CBF, para efeitos registrais, não teria sequer participado da transferência (já que o cedente teria sido o Palmeiras), mas que, como sabemos, indubitavelmente, detém o vínculo definitivo do jogador. Tudo isso fora do TMS", analisa o Inter.

Os gaúchos ressaltam a todo momento que o Vitória atuou para "ludibriar" o regulamento e pedem a aplicação do artigo 214 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e a retirada de pontos do adversário nas 26 partidas em que Victor Ramos atuou no Brasileiro.

Em caso de punição, o Inter escapa do rebaixamento pelos pontos a serem tirados do clube baiano.




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