segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A ditadura dos resultados

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Depois de alguma vivência podemos fazer algumas analogias entre a política e o Bahia. Assistimos no último domingo a denominada festa democrática, ao mesmo tempo que o eleitor dava sinais de cansaço. O mesmo podemos dizer do E.C.Bahia! A festa democrática do Bahia gerou um otimismo exagerado no torcedor, pois esse otimismo não foi traduzido em resultados para o torcedor dentro de campo. 

O Bahia cresceu! Está mais forte financeiramente, superavitário, trata seu torcedor com respeito e esmera-se para prestar contas. Jogadores ganham em dia, patrocínios bacanas, temos como sócios vantagens como nunca em outra época o Bahia deu ao seu associado, mas também é verdade que o Bahia como clube com piscinas, esportes amadores e resultados dentro de campo desapareceu.

O que importa, todavia, para o torcedor do Bahia é o futebol. Como podemos dizer para o torcedor do Bahia não se cansar das eleições e acabar por eleger um irresponsável? Criar um discurso hegemônico e fechado, limitado a grotões de oposição ou situacionismo, não geram opções para o torcedor-sócio, que na verdade percebem a dificuldade dos grupos responderem as críticas.

Existem dois grupos de pessoas: As pessoas que acreditam possuir uma mensagem messiânica com seu idealismo à sociedade, independente dos resultados, e as pessoas que possuem a capacidade de aprender com os erros e tirar lições, os consequentes. Percebemos que as pessoas do segundo tipo levam adiante seu aprendizado e se transformam, enquanto as pessoas do primeiro tipo se fecham. É a ditadura dos resultados.

Hoje, o Bahia se livrou da estagnação e da falta de pudor, construiu um alicerce moral e sustentável que pode levar o clube mais adiante, mas também assistimos os gestores com dificuldades de assimilar os resultados e aprender. Muitos dizem que os resultados constituem uma verdadeira ditadura, posto que existem fatores que não são controláveis e precisam de tempo para dar bons frutos.

Porém, sabemos que para enfrentar resultados ruins precisamos tirar lições no que erramos. O jogo de amanhã contra o Londrina será, então, um palco em que poderemos vislumbrar alguns acertos e talvez erros.  Queremos um time forte dentro de campo, não só capaz de expressar uma superioridade em números de chances de gol, posse de bole e escanteio. O Bahia precisa mostrar ser capaz de traduzir sua condição de aspirante a série "A" com resultados.

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