O Bahia jogará nas Alagoas, terra de "três mulé prum homem só", de Zumbi dos Palmares, de Graciliano Ramos, autor de Vidas Secas, e de Djavan, o compositor das letras incompreensíveis, traduzam o significado desta zorra aí nos comentários "Açaí, guardiã / Zum de besouro um ímã / Branca é a tez da manhã".
Porém, para quem mora em Brasilia, mesmo sendo um baiano candango ou um candango baiano, é impossível não lembrar de Djavan quando se vai na Praça dos 3 Poderes para apreciar a bandeira nacional vendo aquele magnifico céu azul como pano de fundo, como diz o criativo poeta "céu de Brasília traço do arquiteto, gosto tanto dela assim".
Contudo, a maior ligação dos baianos com Alagoas é Zumbi dos Palmares, herói e símbolo da luta e resistência negra. Para quem não sabe, eu não sabia até escrever este post, Zumbi significa aquele que estava morto e reviveu, no dialeto de tribo Imbagala de Angola. Tem melhor definição para o Bahia neste torneio? Renascemos quando muitos já nos davam como mortos, nas ultimas partidas em casa, nossos atletas lutaram como os bravos guerreiros do Quilombo de Palmares contra os soldados portugueses.
Porém, para quem mora em Brasilia, mesmo sendo um baiano candango ou um candango baiano, é impossível não lembrar de Djavan quando se vai na Praça dos 3 Poderes para apreciar a bandeira nacional vendo aquele magnifico céu azul como pano de fundo, como diz o criativo poeta "céu de Brasília traço do arquiteto, gosto tanto dela assim".
Contudo, a maior ligação dos baianos com Alagoas é Zumbi dos Palmares, herói e símbolo da luta e resistência negra. Para quem não sabe, eu não sabia até escrever este post, Zumbi significa aquele que estava morto e reviveu, no dialeto de tribo Imbagala de Angola. Tem melhor definição para o Bahia neste torneio? Renascemos quando muitos já nos davam como mortos, nas ultimas partidas em casa, nossos atletas lutaram como os bravos guerreiros do Quilombo de Palmares contra os soldados portugueses.
Que dia 26 de novembro seja o nosso dia 20 de novembro. Mas, podemos subir dia 19/11 contra o Braga, fazendo o dia 20 ainda mais festivo para a imensa Nação Tricolor. Que se toque muito Lazzo e sua inesquecível canção Me abraça e me beija, onde tem uma estrofe que corrobora com nosso renascimento, "Onda do mar me levou / Me levou, mas hoje estou aqui / Onda do mar me levou / E eu resisti", estamos aqui mas vivo do que nunca na luta pelo acesso.
A situação do Tricolor baiano poderá ficar azul após um triunfo sobre o CRB. Mas, para isto nossos defensores precisarão cercar os adversários como "um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha"; e nossos avantes precisarão "ser como raios galopando em desafio, fazendo a quem tentar seguir seu rastro se perder no caminho". Ou seja, intensidade na marcação, movimentação e velocidade no ataque são chaves para ganhar este jogo.
Deixando o lado musical de lado e falando de futebol, vamos para Maceió com 1 desfalque, Eduardo, entrando em seu lugar o irregular Tinga. Este fato somado ao posicionamento de Luigi, o melhor atacante deles, que joga pela direita, o que vai impedir as subidas de Moisés; e à necessidade de nossos volantes vigiarem William Magrão de perto; além da péssima campanha do Bahia como visitante, foram 2 triunfos, 7 derrotas e 4 empates em 13 jogos, 10 pontos em 39 disputados, desempenho inferior a 25%; me fazem retomar à velha discussão, o 4-3-3 é a melhor opção tática para este jogo? Será que reforçar o meio, com mais um volante, formando um losango como já jogamos em outras partidas, Renê Júnior seria minha opção, dando mais liberdade a Cajá e Juninho na armação não seria uma boa? Ou a entrada de Régis, fazendo um trapézio no meio, nos dando maior poder de prender a bola?
Pelo que já percebi de Guto, ele vai manter o esquema, espero que pelo menos tenha a sensatez de colocar Misael, muito mais veloz do que Alano e Vitor Rangel, para puxar o contrataque e prender o lateral deles. Não sou de perseguir jogador, mas Alano e VR já mostraram que não podem ser titulares. Reitero que é melhor arriscar a troca do esquema ou colocar um jogador mais veloz na partida.
Enfim, a ansiedade para o jogo é tanta que me dá vontade de ir a Maceió para ver a partida e poder "mergulhar no azul piscina no mar de Pajuçara / deixar o sol bater no meu rosto", como eternizou Carlos Moura, compositor alagoano, na década de 80. Mas, como não vou, só me restará cantar no final do jogo, em homenagem a Neto Baiano, outro clássico da música nordestina eternizado pela Nação Tricolor e pela voz de Bell Oliver, cantor alagoano da banda Calcinha Preta, "chupa que é de uva".
Faltam 12 jogos, 36 pontos em disputa, precisamos de 24 (lá ele) para alcançar o acesso. Que nosso final do ano não seja o recomeço do sofrimento da família de retirantes retratada em Vidas Secas, que vive eternamente naquele ciclo de fuga da seca que até hoje assola nossa querida região.
Miguel Leite - Torcedor do Bahia e parceiro do BLOG
Nenhum comentário :
Postar um comentário