Depois de meses o meu Bahia ganhou e o Vitória perdeu duas seguidas. Foram 8 rodadas em que o Bahia foi massacrado e o arquirrival nadou em mares tranquilos. Mas, eis que o Vitória não só perdeu para o Santos, mas também uma pequena parte de sua torcida de forma irrefletida atacou o carro de um dos seus jogadores. A pressão por resultados, mesmo um time mais bem estruturado tecnicamente e de valores individuais como o Vitória, não perdoa.
Num esporte como o futebol em que mais planejamento os resultados precisam vir associados a triunfos, quebras de tabus e títulos qualquer deslize pode se tornar uma crise. Não é à toa que o rubro-negro baiano tem resultados muito bons fora de sua casa atualmente. O fator pressão tem sem sombra de dúvida ajudado o time baiano quando encontra seus rivais fora de casa em que a obrigação de ganhar é do adversário. O fator campo já foi mais importante para os times de futebol.
O futebol jogado por Portugal e os resultados foram de um time medíocre na "Eurocopa; mas, observem como o fato de estar jogando como azarão facilitou a vida dos portugueses! Foram campeões com empates sucessivos e um futebol muito discutível. A França tinha uma melhor seleção e fez uma ótima campanha, mas Portugal num único lance de extrema felicidade ganhou o torneio mais importante do mundo depois da Copa do Mundo. Esse para mim é o retrato inequívoco do futebol moderno. Ele é jogado também psicologicamente.
O Bahia em que se depositava uma campanha de campeão na série "B", ultrapassando o Vasco, mostrou como as expectativas passadas em jogadores que aqui chegaram criaram uma nuvem de ignorância até nos analistas nacionais. Os resultados seguido de 3 triunfos do Bahia na série "B" foram seguidos de 7 derrotas e apenas um triunfo. Consequentemente, o tricolor teve que agir em vários setores da equipe, inclusive na comissão técnica. As mudanças continuaram até o elenco reagir com as chegadas de novos atletas que não tinham a pressão de reverter uma idealização com o futebol de jogadores que não corresponderam.
Espero que a palavra crise desapareça do Fazendão, porém a pressão por resultados continuará. Não será mais uma pressão destrutiva como a do início do campeonato em que os atletas deveriam levar o Bahia invicto até a classificação. Se quiser o tricolor merecer uma das vagas para a série "A" terá que lutar como qualquer outro clube, pois basta um jogador do Sampaio ou Bragantino estarem num dia de felicidade que o Bahia pode vir a se desmanchar caso não se imponha psicologicamente como um time de futebol capaz de fazer não a melhor campanha, mas a campanha necessária para o Bahia decolar.
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