terça-feira, 12 de julho de 2016

O Bahia precisa de um gesto de grandeza

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Hoje, as metanarrativas estão superadas. Assim, explicar um fenômeno como futebol a partir de uma única ótica não mais se sustenta. Explico. A administração e sua ciência não explicam o futebol numa única teoria. Os problemas não podem ser reduzidos a uma única teoria que englobe diversas autonomias metodológicas de abordagem que vão da sociologia à simplesmente a arte. Por isso, mesmo que uma administração interna tenha reduzido passivos, equilibrado receitas e feito bons contratos isso não significa que o seu departamento de futebol automaticamente consiga bons resultados.

O fato é que o futebol comporta muitas disciplinas e uma somente não pode determinar a relevância para teorizarmos o conhecimento sobre o futebol. Afinal, o esporte não mais simplesmente visto como lazer, mas fonte de sustento de milhares de pessoas, consequentemente a importância para melhorar suas receitas e seu produto importam como objeto de análise cada vez mais científica. Voltar ao passado do futebol não é mais possível. Estamos lidando hoje com um fenômeno mais complexo que exige muito mais que uma abordagem artesanal. Revela-se importante adequar o futebol ao conceito de multidisciplinaridade com ênfase em resultados práticos como existe já na medicina e no Direito.

Todavia, quando temos receita, o clube apresenta-se nacionalmente respeitado, a imprensa trata o presidente do Bahia como possível presidente da CBF, o time do Bahia  desaba na tabela. O futebol do time que deveria ser o carro-chefe da postura de uma administração de vanguarda apresenta um nível de desgaste semelhante a era em que o pai do presidente defenestrado levou o clube a vergonhosa condição de disputar a série "C". Como se voltássemos a era Maracjá, e ao contrário dessa era, onde o carro-chefe futebol era vistoso e a administração do clube uma verdadeira bagunça, o Bahia reflete a dor de uma nostalgia que dói bastante com lembranças e sintomas de regressão a uma era que em última análise também levou o clube ao cadafalso dos rebaixamentos sucessivos como o coirmão.

Impõe-se então nesse momento uma reflexão ampla para que todos com suas visões de mundo possam contribuir para o não esfacelamento do futebol do Bahia que passa pela maior crise desde que o presidente atual assumiu o cargo. A questão de sua incompetência no departamento de futebol é inconteste, mas agora é dispensável. tal conclusão para tentar resolvermos como tirar o Bahia dessa situação de frustração de sua torcida. Sócios, torcedores, imprensa, todos estão procurando uma saída para que o Bahia tenha meios de se livrar do gestor incompetente no futebol e uma solução foi debatida em fóruns, qual seja, o mandato de dois anos  e mais uma renovação para o mandato de presidente do Bahia se revelou uma proposta muito positiva diante dessa situação em que nos encontramos. 

PS.: A diretoria executiva do Bahia poderia também renunciar.

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