O jogo histórico entre Bahia e Santa Cruz vencido pelo tricolor de aço por 5 x 0, completa nesta terça-feira 35 anos. O jogo trás duas lembranças importante. Uma boa, outra ruim. A boa: me faz recordar dos tempos do Bahia de verdade que infelizmente ficou no tempo. A ruim: a data é um atestado de velhice. Afinal eu estava lá, de pé atrás do placar como habitualmente assistia a maioria dos jogos do Bahia, sempre com uma fé inabalável, ainda que daquele jogo especifico, as esperanças praticamente quase que não existiam pela complexidade da partida, pelo 4 x 0 do jogo anterior, pelo perigo que representava o atacante Dario, pela necessidade de fazer 5 gols e não tomar nenhum.
Mas aconteceu e assim como o Grêmio lembra e comemora a “Batalha dos Aflitos” na Série B de 2005 (creio) ano a ano, o Esporte Clube Bahia através do seu site oficial, recorda o milagre da Arena Fonte Nova, agora com peso maior, já que terá em poucos dias um novo duelo decisivo contra o time pernambucano, agora pela Copa do Nordeste
Mas aconteceu e assim como o Grêmio lembra e comemora a “Batalha dos Aflitos” na Série B de 2005 (creio) ano a ano, o Esporte Clube Bahia através do seu site oficial, recorda o milagre da Arena Fonte Nova, agora com peso maior, já que terá em poucos dias um novo duelo decisivo contra o time pernambucano, agora pela Copa do Nordeste
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No dia 5 de abril de 1981, Bahia e Santa Cruz se enfrentaram no estádio da Fonte Nova, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, e o confronto entrou para a história. Há exatos 35 anos.
Era a segunda partida da decisão da vaga. No primeiro jogo, o Santa goleou o Bahia por 4 a 0, no estádio do Arruda, em Recife, com gols de Baiano, Isidoro, Dadá Maravilha e Joãozinho.
Para se classificar, o Esquadrão de Aço precisaria vencer o time pernambucano por cinco gols de diferença.
Muitos já davam o Tricolor baiano como eliminado, inclusive o folclórico atacante do Santa Cruz, Dadá Maravilha, que afirmou que era mais fácil o torcedor do Bahia ganhar na quina da Loto do que o Santa Cruz perder por cinco gols de diferença. Nem mesmo o torcedor do Bahia acreditava muito nesta façanha. No inicio do jogo, pouco mais de 10 mil torcedores estavam na Fonte, ao contrário do que era comum de se ver nos jogos em casa.
Rolou a bola e o Bahia começou arrasador. Gilson Gênio marcou logo aos 4 minutos e ampliou aos 13. Aos 43 da primeira etapa, Dirceu Catimba fez 3 a 0, só nos primeiros 45 minutos de partida. No intervalo, a torcida tricolor já passava a acreditar na possibilidade e a imprensa local convidava pelo rádio os torcedores para que fossem ao estádio, no intuito de empurrar o time rumo ao tão sonhado placar.
Deu certo. O Santa Cruz voltou todo recuado, mas, aos 22 minutos, Gilson Gênio, que estava em um dia inspirado, fez bela jogada pela esquerda e lançou para Toninho Taino marcar o quarto gol. Neste momento, quase 30 mil pessoas estavam na Fonte Nova e com ainda 23 minutos de jogo pela frente, a torcida tricolor já confiava no quinto tento.
Para desespero de quem assistia a partida, o Santa Cruz conseguia impedir os ataques baianos. Mas eis que, aos 40 minutos, a defesa pernambucana tentou fazer linha de impedimento, depois de um lançamento de Zé Augusto, Léo Oliveira chutou, o goleiro Wendell defendeu parcialmente, Toninho Taino tentou dominar a bola e acabou tocando para os fundos das redes. Era o tão sonhado 5 a 0, garantindo a classificação do Bahia e levando ao delírio a sua torcida. Confira a ficha da partida:
05/04/1981 – BAHIA 5 X 0 SANTA CRUZ
Local: Fonte Nova
Juiz: Carlos Sergio Rosa Martins
Público: 28.378 torcedores
Gols: Gilson Gênio 4′ e 13’, Dirceu Catimba 43’ do 1º T, Toninho Taino 22′ e 40’ 2ºT.
Bahia: Renato, Edinho, Zé Augusto, Edson Soares e Ricardo Longh; Washington Luiz, Emo e Léo Oliveira; Toninho Taino, Dirceu Catimba e Gilson Gênio. Tec. Aimoré Moreira
Santa Cruz: Wendell, Celso Augusto, Silva (Pedrinho), Alfredo e Hilton Brunis; Deinho (Wilson), Carlos Roberto e Baiano; Agnaldo, Dario e Joãozinho. Tec. Hilton Chaves
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