quinta-feira, 17 de março de 2016

TV Globo: o começo do fim do imperialismo no futebol

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Até quando?

Por muitos anos na Academia da Vida, um dia, alguma coisa me disse que nenhum Império teria uma vida muito longa e aí, a Idade Média foi muito generosa no número dos exemplos registrados. Que o diga aquele famoso Imperador que botou fogo em Roma!

Eu, menino ainda, com os meus 13 anos e já torcendo pelo Bahia assistia, via Embratel (era algo de outro planeta), no ano de 1970 a conquista da Copa do Mundo, no México, na Cidade de Guadalajara. Um time mágico, com alguns dos melhores jogadores que já assisti, tendo no Pelé o seu ícone maior. Tínhamos ainda: Rivelino, Gerson, Tostão, Clodoaldo, Brito, Jairzinho, Félix, Carlos Alberto, Piazza e Everaldo. Um time que jogava de uma forma harmônica regida pela batuta do Mestre Zagallo.

Ganhamos o título e a festa foi enorme afinal éramos os MELHORES DO MUNDO! Começou então um tempo aonde o futebol dentro das 4 linhas passou a ser regido pelos “homens” do Futebol. Eram pessoas que sabiam lidar com o “produto” futebol.

Os tempos passaram e com ele veio a decadência do futebol brasileiro face a globalização e em grande parte ao domínio dos direitos de transmissão dos jogos ao vivo (coisas bem raras naqueles bons e saudosos tempos). Quando se falava em transmissão de um jogo ao vivo, com certeza, era o da nossa seleção. Entretanto, só acontecia em jogos eliminatórios e durante a própria Copa do Mundo.

Isso levou a busca de outros jogos para preencherem a demanda das grandes redes de TV no Brasil. À época eram a Globo, a Bandeirantes e a Record. Depois apareceram os tais “direitos” da imagem e a primeira Emissora começou a manter um controle até os dias de hoje. Foi criado então o Império televisivo que conseguiu mudar tudo: horários dos jogos e datas principalmente. O absurdo maior e que perdura até os dias atuais: jogos noturnos iniciando às 21:45 horas!

Como todo o Império tem os seus asseclas, criaram a remuneração dos clubes visando ao domínio total do negócio futebol. Criaram também fatores discricionários entre os mesmos com alguns poucos recebendo, às vezes, valores 4 vezes maiores que outros. Criou-se assim, de quebra, o xenofobismo esportivo no nosso imenso País.

As consequências não demoraram muito, com a degradação do nosso futebol e hoje assistimos a um princípio do final desse Império com a entrada de uma outra organização que resolveu competir. Parece que os dias da Globo estão contatos. Assistimos dia-após-dia, Clubes não assinarem novos contratos com o decadente Império, ainda que alguns asseclas, por interesses outros inconfessáveis, aceitem a subserviência como a máxima da existência. Vamos torcer para que não seja um novo Imperador. Quem viver, verá...

Pobre Futebol Baiano! Pobre Futebol Brasileiro !!!

Paulinho Fernando: Torcedor do Bahia, amigo e colaborador do BLOG

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