Nova reportagem acerca de como andam as negociações entre os clubes e as TVs interessadas na transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2019 vem da Folha de São Paulo, em matéria assinada por Marcel Rizzo e Guilherme Seto. O artigo não revela novidades adicionais além daquilo já publicado, no entanto, faz um apanhado geral da situação, adiciona alguns números ainda não publicados e a posição da TV GLOBO, que lamenta que alguns clubes, entre eles, o Bahia, estejam considerando não fazer mais parte da programação do SporTV, além de questionar a capacidade do concorrente, o Canal Esporte Interativo, para realizar evento desta envergadura.
Minha opinião é bem simples; nada vai mudar, no máximo essa rebeldia de clube como Bahia Inter, Santos, Coritiba, Atlético-PR, e Santa Cruz pode resultar no aumento dos valores do atual contrato, fato que a reboque vai beneficiar até aqueles que hoje já estão fechado com o modelo atual, inclusive o Esporte Clube Vitória. Questões políticas, “dinheiro emprestados” o aval para empréstimos bancários e interesses outros vão impedi e brecar as pretensões do canal Esporte Interativo na hora da onça beber agua, penso
Veja
Nunca o Grupo Globo esteve tão ameaçado em sua hegemonia na TV a cabo para a transmissão do Campeonato Brasileiro, seu principal produto para o futebol. Ao menos seis clubes, entre eles Santos e Inter, estão acertados com o canal Esporte Interativo (EI), que tem como sócia-majoritária a Turner, gigante norte-americana da área do entretenimento.
O acordo, é preciso ressaltar, não entra em vigor a curto prazo. Refere-se ao período que vai de 2019 a 2023 e apenas na TV fechada.
A Globo deve manter os direitos em TV aberta e pay-per-view após 2018, mas o seu canal a cabo SporTV pode sofrer com um "buraco" nas transmissões, sem alguns dos principais times do Brasil.
Antes reservada a reuniões entre quatro paredes, a concorrência agora se expõe. À reportagem, pela primeira vez, a Globosat, empresa do Grupo Globo que controla o SporTV, e o Esporte Interativo reconheceram a existência de uma disputa, sem, contudo, citar a concorrente.
Nota enviada à Folha pela Globosat diz que a empresa "já fechou acordos com um grande número de clubes e está muito próxima de fechar com outros, o que representará a maior cobertura do Brasileirão em 2019. Lamentamos que alguns times estejam considerando não fazer mais parte da programação do SporTV neste campeonato em 2019."
DISPUTA DAS TVS
As negociações pelo direito de transmissão em TV fechada a partir de 2019
Placar da negociação
SporTV*
Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense
Esporte Interativo*
Inter, Santos, Coritiba, Atlético-PR, Bahia e Santa Cruz
Ainda indefinido
Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, América-MG, Chapecoense, Figueirense, Ponte Preta
É a primeira vez também que a empresa, que já acertou com clubes como Corinthians, Vasco, Fluminense e Cruzeiro, considera a hipótese de perder o direito da transmissão de alguns jogos do Brasileiro.
O EI diz que sua proposta aos clubes é nove vezes superior à que a Globo oferece atualmente para TV a cabo. A reportagem apurou que a EI propõe R$ 550 milhões para todos os clubes para o período 2019-2023. Hoje, o Grupo Globo paga cerca de R$ 60 milhões a eles, considerando apenas a TV a cabo.
A Globo e o EI não comentam as quantias.
"O Esporte Interativo acredita que um ambiente de livre concorrência pelos direitos e a entrada de um novo grupo nas transmissões do Campeonato Brasileiro, como ocorre em mercados mais avançados, gera benefícios a todos os envolvidos", escreveu a direção do canal.
Nas conversas com os clubes, apurou a Folha, a Globo tem questionado a capacidade operacional do EI para transmitir as partidas do Campeonato Brasileiro.
Na nota à reportagem, a Globosat ressalta "a capacidade de transmitir 100% dos jogos, atendendo a torcedores de todos os times".
A concorrência do EI tem peso inédito para a Globo porque os clubes falam abertamente da disposição de trocar de emissora por um longo período, algo inimaginável há quatro ou cinco anos.
Antes, o poder de barganha da emissora era maior porque ela adiantava valores que cobriam os rombos de grande parte dos clubes, prática hoje menos corriqueira.
"Além do valor, a divisão de cotas [na proposta do EI] nos pareceu melhor. 50% do valor total será dividido entre os clubes, 25% por performance no campeonato e 25% pela exposição dos jogos, ou seja, aqueles que tiverem mais transmissões ganharão mais", diz Luiz Sallim Emed, presidente do Atlético-PR.
O extinto Clube dos 13, que representava os times em bloco em negociações de transmissão, chegou a abrir licitação para tentar novos contratos, dividindo as mídias (TV aberta, fechada, pay-per-view e internet). A Globo sempre negociou todos os produtos num pacote só.
Em 2011, porém, a emissora e alguns clubes passaram a negociações individuais, minando o Clube dos 13, que acabou sendo dissolvido.
BURACOS NA GRADE
A concorrência pode fazer com que surja "buraco" na grade das emissoras, com jogos sem exibição no cabo.
As TVs e os clubes entendem que só poderá ser televisionada a partida entre equipes que tenham acertado com a mesma emissora. Jogos entre times com contratos diferentes, portanto, precisarão de acerto entre as TVs para haver transmissão, o que, por ora, não existe. As transmissões em TV aberta e no pay-per-view continuariam no formato atual.
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