Em um primeiro tempo truncado, com muita pegada e poucas emoções, principalmente pela dificuldade em trabalhar a bola no gramado irregular do Mário Pessoa, o Bahia pouco foi exigido na defesa e aproveitou as jogadas tramadas pelo lado direito para pressionar o Colo Colo, com o lateral Tinga apoiando bem o ataque e o meia Luisinho, esse o grande nome da primeira etapa, inclusive, o jogador foi o responsável pela melhor chance do tricolor no jogo, acertando o travessão em uma prévia do gol que sairia minutos depois, após receber passe na entrada da área, cortar o defensor e bater rasteiro e cruzado para vencer o goleiro Otávio.
A emoção estava guardada para a segunda etapa. O Colo Colo voltou com mudanças no time e foi para o tudo ou nada, mas foi o Bahia quem balançou as redes aos 4 minutos - dois minutos depois do adversário carimbar o travessão do goleiro Marcelo Lomba - com o zagueiro Robson que aproveitou cobrança de escanteio de Juninho, subiu mais alto que todo mundo e estufou a rede do goleiro Otávio. O placar até poderia ser mais confortável se Edigar Junio e desengonçado Zé Roberto não tivessem os pés descalibrados.
Se já estava difícil para a equipe de Ilhéus buscar uma reação, imagine com a expulsão do lateral Léo Soares aos 23 minutos. Pois é, meu amigo tricolor. "Se não for sofrido, não é Bahêa." Com a vantagem numérica no placar e no campo, o time relaxou e o juiz Jailson Macêdo resolveu complicar as coisas inventando um pênalti 'fajuto' de Robson aos 40 minutos, batido e convertido pelo atacante Luís André. O gol colocou fogo nos minutos finais e o Colo Colo foi buscar o empate aos 45, com o defensor Eliézio. Mas a noite era mesmo dele, Robson, ou se preferir, Robgol. O zagueiro foi de herói a vilão e vilão a herói em instantes e no apagar das luzes aproveitou cruzamento de Rômulo e decidiu o triunfo por 3 a 2, no sufoco, na raça, colocando o Esquadrão na liderança isolada do Baianão.
Nenhum comentário :
Postar um comentário