segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Bahia se reapresenta com discurso velho e time fraco.

Comentários
Após um 2º semestre pavoroso, no ano passado, quando decepcionou sua torcida com o fracasso no Campeonato Brasileiro da Série B, o Esporte Clube Bahia retorna oficialmente às atividades de campo, nesta segunda-feira, com a reapresentação de um pouco DAQUILO que sobrou do ano de 2015. De lá pra cá, pouco mudou. Finalmente o Bahia contratou um substituto para Sérgio Soares com a contratação de Doriva, já que Charles foi um improviso de última hora que não deu certo. Foi trocado o gerente de futebol, com a saída de Alexandre Farias, hoje no Náutico, e no lugar temos Nei Pandolfo, ontem no Sport-PE, além da contratação do treinador de goleiro Thiago Mehl, aliás, este rapaz terá a vida complicada sem a presença de Marcelo Lomba. Com apenas Jean e Douglas Pires, terá a missão de ensinar, isto é, se for capaz.

Alguns jogadores se picaram, como Souza, Eduardo, Wilson Pittoni, Kieza, Iuri, Thiago Real, Omar, Roger, Tchô, e outros que não podemos dizer que foram embora, pois jamais chegaram de fato ao Bahia, como Paulinho Dias, Vitor, Railan, Jeam, João Paulo Penha e algum outro pangaré que passou despercebido neste momento.

Destes, o Bahia ainda tenta manter o atacante Kieza, com remotas possibilidades e o volante Iuri. Retorno, apenas o goleiro Marcelo Lomba, que ainda não tem a sua situação definida. O aparecimento do seu nome do goleiro no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como jogador do Bahia, é uma obrigação legal, já que tem contrato vigente com o clube, portanto se apresentará como funcionário que é. Ficar é outra história.

O que também não mudou foi o discurso fácil, farto e vazio do presidente Marcelo Sant’Ana, que continua falando muito e fazendo e mostrando pouco na área do futebol, numa imagem bem semelhante da ocorrida no ano passado, quando montou um time simplesmente ridículo e o resultado foi o vergonhoso 9ª lugar, na pior Serie B dos últimos tempos, quando considerado o aspecto técnico.

Ainda que tenha anunciado aumento do orçamento, algo em torno de 16/17 milhões, até agora as contratações não empolgam o torcedor que, neste cenário atual, não se sente autorizado a imaginar um Bahia melhor, considerando o ano que passou, até por que as contratações de Hernane e Luisinho e o descobrimento do atleta Juninho, que vem de lá no Macaé, não são o suficiente para montar com time competitivo, quando somado com uma legião de jogadores em fase experimental que irão se apresentar nesta segunda-feira, revelando que o Bahia só tem as camisas e discurso.

Curiosamente, o Bahia não tem um lateral, seja ele direito ou esquerdo, já que Cicinho foi reprovado, assim como o João Paulo, enquanto Ávine tem contrato vencendo em fevereiro e não deve ficar no Bahia e, ainda que fique, já não resolve. A zaga é composta por dois jogadores de duvidosa qualidade técnica, como Gabriel e Gustavo, e seus reservas são Robson e Jailton. As cabeças pensantes no meio de campo do Bahia, neste momento, são compostas pelos astros: Feijão, Gustavo Blanco, Rômulo e o recém contratado Juninho e, no ataque, apenas Luizinho, Max e Hernane, os demais são jogadores da base que foram conduzidos à condição de profissionais, não por merecimento ou desempenho destacado, e sim pela idade estourada.

Hoje é apenas apresentação e isto não implica acreditar que o que temos será a formatação definitiva do grupo, para o mal assombrado Campeonato Baiano. É preciso contratar, mas não tão somente contratar como contratar com qualidade, afinal, no ano passado 18 jogadores chegaram e ainda assim o Bahia foi incapaz de montar um time competente.

Portanto, se espera que o discurso do presidente seja colocado em prática em pelo menos 50%, evitando assim que o primeiro semestre não termine de forma vergonhosa, como o segundo da temporada passada. Considerando este momento, a situação é preocupante. Não temos nada, só esperança e camisa.

Nenhum comentário :

Postar um comentário