Posso mostrar através dos arquivos do blog que sempre pus em dúvida a tal das "melhoras administrativas", implementada no Bahia. A ultima vez que fiz isso foi num diálogo com o tricolor Lite; denunciei a farsa da histórinha do "time falido" (que a nota apresenta sob a expressão da "terra arrasada") como desculpa para os desastres e como pretensão absurda para apresentar-se como refundador do Esporte Clube Bahia.
Denunciei até a continuação da eminência parda, Sidônio Palmeira. Com isso não pretendo ter sido o inteligentinho da história, porque essas mesmas denúncias foram feitas por outros torcedores. Estou apenas frisando que não são novidades na nota publicada ontem pela Associação Bahia Livre. Tudo que a nota denuncia são verdades (só não assino embaixo no valor de 100 mi, porque orçamento e receita confirmada não são a mesma coisa, evidente não há absurdo neste valor, mas eu duvido dele como a receita real de 2015).
Agora, a meu ver, esta nota perdeu sua seriedade quando gritou "Fora Marcelo 3", porque ela se revelou oportunista da parte dum grupo que luta - legitimamente - pelo poder no ECB.
Por que Marcelo Sant'Anna deveria sair? Se ele renuncia, o sucessor natural seria o vice, e aí, não daria no mesmo? Se acontece a renuncia, quem fica ( eu não sei o que o Estatuto prevê neste caso)?
O mandato de Marcelo é de três anos. A renúncia dele só seria bem-vinda se ele tivesse perdido o controle político e administrativo do Clube. Pelo que sei, isso não aconteceu. Sua gestão foi um desastre em campo, mas isso não implica que ele perdeu a capacidade de "governar" o Bahia, além disso, a sua incompetência atual não é prova de incompetência futura ( ainda que eu ache que sim, mas isso é OPINIÃO minha e não prova). Marcelo não violou o Estatuto, por isso segue sendo o presidente LEGÍTIMO do Bahia.
Além disso, há problemas de ordem prática: que garantias há de que o sucessor seria mais competente? O sucessor não teria de apreender a situação do Clube, até poder tomar medidas adequadas? Neste ponto, Marcelo não estaria, em tese, mais preparado? O ECB não necessita de medidas urgentes como a contratação do diretor de futebol e do técnico?
Que torcedores comuns peçam a cabeça do presidente LEGÍTIMO do Esporte Clube Bahia é compreensível e legítimo, ainda que sem sustentação no Estatuto. Mas grupo organizado, que disputam o poder, fazendo a mesma solicitação sem base no Estatuto é deplorável e merece a repulsa de quem sabe reconhecer os oportunistas, os que, de fato, estão procurando o poder e não a glória do Esporte Clube Bahia.
Todos os sócios são adultos e deveriam saber que eleição direta não é o passaporte para a felicidade. Agora, se eles não sabem disso, problema deles. As instituições necessitam de estabilidade e "brincar" de eleição destrói qualquer estabilidade.
Dinensen - Torcedor do Bahia e amigo do BLOG
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