segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O Esporte Clube Vitória continua líder. Ufá!!!!

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O torcedor do Vitória sabe. Só dá pra comemorar se for com moderação. Desta vez, precisou de uma ajuda providencial do Paysandu. Com isso, vai se acumulando a dívida de gratidão com o time paraense, já reverenciada como um novo pai de santo, o “Pai Sandu”. E de uma canja do próprio Botafogo, incapaz de pular pra liderança, mesmo jogando em casa.

Os rubro-negros dormiram intranquilos de sábado pra domingo, depois de ver a segunda derrota do campeonato para o mesmo Sampaio Corrêa. No domingo, precisaram secar o time da estrela solitária, que os recompensou, assegurando-lhe mais uma rodada na liderança.

Os números podem até animar a torcida do Vitória, pois terminou o primeiro turno com um número de pontos muito favorável. Salvo poucas exceções, os clubes que terminam a primeira metade do certame com essa pontuação têm conseguido passar para a Série A. O Joinville sagrou-se campeão em 2014 com 70 pontos, menos que o dobro de seus 37 pontos. Os demais classificados foram a Ponte Preta (69 pontos), o Vasco (63) e o Avaí (62). Ou seja, se repetir a dose no returno, o Vitória pode até sagrar-se campeão. 

Não é só isso. Além de ter o maior número de vitórias, o seu ataque se destaca, dividindo a ponta com o do Botafogo (30 gols), e a defesa é a segunda menos vazada (18 vezes), só ultrapassada pelos cariocas (15). 

O problema é que esta é a palavra chave nas arquibancadas do Barradão e onde quer que haja um torcedor rubro-negro. Já não basta subir. Querem ter a certeza de que o time não está no elevador, passeando de vez em quando pela elite, mas revelando vocação para a Série B. Para isso, é preciso subir com o título máximo da Segunda. Até porque é entendem ser a última oportunidade de disputá-lo.

Ou seja, já não se duvida da subida, mas o título são outros 500 mil reis. Por quê? Pelo simples fato de que o Vitória mantém a dianteira, conseguiu uma sucessão este final de semana de cinco partidas invicto, com três vitórias seguidas, mas não deslancha na pontuação. O primeiro pelotão está embolado e isso vai além do grupo dos quatro primeiros. O Náutico é o sétimo colocado, mas a distância (cinco pontos), é inferior a dois resultados positivos, e o porteiro do G 4 (Bahia) está somente três pontos atrás, empatado com o Sampaio Corrêa. 

Basta comparar com a disputa da Série A. O Corinthians lidera com 47 pontos e os mais próximos são o Atlético (MG), com 39, e o Grêmio, com 37. A concorrência começa a embolar do quarto lugar em diante: Fluminense tem 33 pontos e o décimo colocado (Internacional) tem 28. 

Aí está a insegurança da torcida do Vitória, reforçada pela consciência de dois pecados do time. Ao contrário do que houve em São Luís, dá sempre a impressão de que falta gás ao time no segundo tempo, quando não se repete o desempenho da etapa inicial. O outro problema está na dificuldade de reposição. O time se revela exageradamente de.pendente de alguns titulares. Cai de produção quando não dispõe, por exemplo, de Escudero e Guilherme Mattis, além do que revela o próprio Mancini, de que não há mais como improvisar substitutos para alguns setores, como a lateral direita.

Por tudo isso, o sentimento da torcida é de que precisará empurrar o time até a última rodada, com esperança de campeonato, mas com o coração saindo pela boca. Oxalá os santos lhe protejam, como têm feito nas últimas partidas, em que se associaram a Gatito para não deixar que as bolas contrárias mudassem resultados que foram preciosos.

Fernando Tolentino

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