Com as devidas vênias ao menino Samuel Johnson, há ainda um outro e último refúgio mais insalubre do que o patriotismo: o fervor regionalista, insana paixão que deixa o sujeito completamente obnubilado (recebam, hereges, um obnubilado nos peitos logo no primeiro parágrafo).
E esta pertubação na consciência, este ofuscamento da visão causado por esta referida devoção, atinge o paroxismo em Pernambuco. Lá, por conta de um sentimento de afirmação exacerbada que flerta com o ridículo, reivindica-se o nascimento da porra toda. Desde o Samba à própria Pátria, chegando até mesmo ao coitado do Oceano Atlântico, que seria a união dos rios Beberibe e Capibaribe.
Não há psicanálise que resolva o problema destes nossos atordoados vizinhos.
E, como baiano também num é raça de gente, este rouco e humilde locutor já desembarcou no Aeroporto do Guararapes, no último sábado, para orientar o Vitória nesta insana segundona, procurando chiada.
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