Em 1969, hino tricolor se eternizou nas vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil. |
É impossível não se arrepiar ouvindo o hino do Bahêa, o nosso mais verdadeiro cântico, que diz o que a gente é, empurra nosso time dentro de campo e mostra que ninguém nos vence em vibração. Nosso hino não é apenas cantado, é idolatrado por milhões de apaixonados e até aqueles que não são tricolores se rendem quando o primeiro acorde é tocado.
Em 1969, nosso hino entrava para história da MPB nas vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil em show histórico no Teatro Castro Alves, em Salvador, quando se despediram do Brasil rumo ao exílio em Londres com um recado camuflado contra a ditadura militar: "Somos a voz do campeão, somos do povo o clamor, ninguém nos vence em vibração...". Em homenagem aos 46 anos, o site jornal A Tarde publicou um texto de Nestor Mendes contando fatos marcantes.
Em 1969, nosso hino entrava para história da MPB nas vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil em show histórico no Teatro Castro Alves, em Salvador, quando se despediram do Brasil rumo ao exílio em Londres com um recado camuflado contra a ditadura militar: "Somos a voz do campeão, somos do povo o clamor, ninguém nos vence em vibração...". Em homenagem aos 46 anos, o site jornal A Tarde publicou um texto de Nestor Mendes contando fatos marcantes.
VEJA O TEXTO:
"Vinte de julho de 1969. Neste dia o Hino do Bahia entrou para o repertório maior da MPB. Foi no Barra 69, no Teatro Castro Alves, em Salvador, show histórico, que misturou vanguarda, resistência política e iconoclastia. Caetano Veloso e Gilberto Gil se despediram do Brasil rumo ao exílio em Londres com um recado camuflado contra a ditadura militar: "Somos a voz do campeão, somos do povo o clamor, ninguém nos vence em vibração...".
No Jornal da Bahia, em 6 de julho de 1969, o jornalista Samuel Celestino contava: "Eles vão surgir sorrindo, com túnicas coloridas e, possivelmente alguns colares. Gil empunhando um violão e Caetano apenas com seu sorriso tímido, mas que consegue magnetizar com sua magra figura. Não há mais os grandes e impactantes cabelos encaracolados. Caetano cantará o Hino do Bahia, Atrás do Trio Elétrico, Alegria, Alegria, Tropicália e Marcianita, enquanto Gil irá cantar 17 légua e Meia, de Luiz Gonzaga, Domingou, Domingo no Parque, 2001 e Frevo Rasgado".
O Hino do Bahia, composição de Adroaldo Ribeiro Costa, com arranjo do maestro Agenor Gomes, já era sucesso popular entre os baianos desde a década de 1950, quando Osmar Macedo, Adolfo Nascimento, o Dodô, e Reginaldo Silva (depois, Temístocles Aragão) desfilavam no Carnaval com sua nova invenção, com luz fluorescente e quatro bocas de alto-falantes.
Um outro trio, o Tapajós, de Orlando Campos, ajudou a disseminar o hino como marcha carnavalesca. Na apresentação de Trio Elétrico Tapajós, LP de 1969, pela Philips, é o próprio Caetano quem diz: "O frevo pernambucano como base, os sucessos internacionais mais carnavalizáveis, o hino do meu querido Esporte Clube Bahia, Roberto Carlos, qualquer negócio eles botam pra esbuguelar da Sé a São Pedro".
Em 1976, o Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar, lança o disco Bahia...Bahia...Bahia, com o Hino do Bahia na voz de Moraes Moreira. É a primeira vez que ele é cantado no trio, diferente de outras versões instrumentais.
Em entrevista ao A TARDE, em dezembro de 1958, Adroaldo conta que o hino surgiu por volta de 1944, a pedido de Amado Bahia Monteiro, Valdemar Menezes, Osvaldo Gentil e Francisco Chagas, mas não vingou. Hibernou até fins de 1956, quando João Palma Neto pediu uma música para a campanha "Por 10 mil sócios, nenhum a menos". "Mostrei-a na casa do maestro Agenor Gomes, que fez a instrumentação para a Banda do Corpo de Bombeiros e o hino foi gravado nos estúdios da Rádio Cultura", contou o autor da letra e da música do Hino do Bahia."
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