domingo, 21 de junho de 2015

Onde anda a Seleção mais festejada de todos os tempos?

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Quem assistiu o último jogo da Seleção Canarinho? A seleção de futebol mais famosa e festejada de todos os tempos? Parece brincadeira, mas ao longo do tempo esvaziou-se o conteúdo brilhante do nosso futebol e o único dourado remanescente é o da nossa camisa amarela.

Como explicar que um país capaz de gerar, em profusão, jogadores fenomenais se agarrou à mediocridade de um jogo insosso e pragmático? Um vai-e-vem sem sentido ou objetivo de homens/meninos correndo atrás da bola?

Imagino que cada torcedor terá sua explicação? Aliás, um país com tanto e tão longo sucesso neste esporte produziu também uma legião de especialistas que acompanham apaixonadamente nas arquibancadas, sofás ou bares.

Voltando um pouco no tempo. Parece que fomos vítimas do nosso próprio sucesso. Seguimos fielmente aquele ditado futebolístico que diz: Em time que está ganhando, não se mexe. Desta forma, o sucesso nos imobilizou. A certeza de uma superior qualidade técnica dos jogadores cristalizou nossa visão tática do futebol. Resultado: Enquanto outros países evoluíram taticamente, nós ficamos parados no tempo, a ver navios, esperando a banda ( ou o metro de Salvador !) passar.

Acredito que a evidência mais definitiva deste panorama está no fato que nossos treinadores não têm acesso aos grandes mercados do futebol mundial (times e seleções). Parece incoerente termos o melhor futebol do mundo e nossos treinadores estarem alijados dos maiores mercados (enquanto os jogadores não!). Ainda que a barreira da língua possa ser um fator desfavorável, não acredito que nossos treinadores não sejam competentes para superá-la. Só para entender a gravidade desta situação é ver a quantidade de treinadores Argentinos no mercado mundial...

Outra evidência importante é a desconexão entre as divisões inferiores da seleção brasileira e a seleção principal, que, ao que me consta, não trabalham em sintonia para possuir uma visão tática similar, uma continuidade na filosofia de jogo e na maneira de treinar, permitindo uma ascensão mais suave e natural dos jogadores das seleções inferiores. Isto fica muito bem caracterizado na grande rotatividade de treinadores que ocorre na base.

Posso, inclusive, estender esta análise para a dupla BaVi, que, apesar de terem grandes divisões de base, não conseguem potencializar o aproveitamento delas. Aliás, eu tenho uma teoria que a dupla BaVi deveria ter divisão de base de treinadores também. Mas, este assunto fica para outro texto.

Voltando ao desempenho da nossa seleção, vejo com tristeza que após o massacre da Alemanha na última copa, nada mudou. Vivemos em um dilema onde é impossível uma alteração significativa no comando (da seleção) sem mudar a estrutura (do futebol, da CBF, das federações, dos clubes)... e como nenhuma alteração ocorre nos últimos, nada efetivamente altera o panorama da amarelinha. Seguimos de vexame em vexame, sem perspectivas de melhoras, assistindo entrevistas surreais e comentários de alguns “especialistas” que tentam nos dar esperanças e convencer do inverossímil (parece até as explicações do PT para a corrupção no governo/partido).

Entendo que não temos uma das melhores gerações de jogadores. Porém, poderíamos estar jogando muito melhor com o material humano que temos. Entendo também que o futebol é um produto e que a mídia tem que rentabilizá-lo ao máximo. Mas, para o bem do nosso querido esporte. Precisamos de analisem mais profundas e vozes críticas mais veementes na grande mídia.

Chegamos ao fundo do poço? Quem sabe, pai !

Somos refém do Neymar e, pra piorar, não sabemos quanto nos custará o resgate. Quem irá nos socorrer? O FBI ? Deixa quieto... Bom, por enquanto tenho algo mais urgente para me preocupar. Rezar e torcer pro Vitória subir, pois pelo andar da carruagem as perspectivas são mínimas apesar do triunfo diante do ABC

Saudações rubro-Negras !
P.S. Lite, aquele abraço !

Filba, torcedor do Vitória e amigo do BLOG

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