Muita gente fala que treinador não ganha
jogo, que o principal responsável pelo sucesso do clube é quem entra em campo, os jogadores. Entretanto,
apesar dos técnicos não terem às vezes o reconhecimento que merecem, a sua
função é fundamental para um time de futebol.
O bom momento do Bahia, por exemplo, é
indiscutível que tem o dedo do treinador. Sérgio Soares chegou com uma
mentalidade diferente e implantou sua filosofia de trabalho. Tudo isso aliado
ao excelente planejamento e a nova política da diretoria, algo fundamental para um profissional
que comanda, colabora para o bom rendimento do time em campo.
Passamos anos sofrendo. Entrava treinador,
saía treinador, e a filosofia de trabalho era a mesma, times intransigentes e um
futebol ultrapassado. Parecia até que os técnicos que passaram pelo Bahia tinham
um alvará para escalar times retranqueiros recheados de volantes. E tem
torcedor que hoje ainda reclama porque nosso primeiro volante é um jogador
técnico que dá um toque de bola diferenciado ao meio campo.
O típico volante "brucutu" está
em extinção, assim como o centroavante fixo. Os grandes “químicos do futebol”
mundial querem modernizar e acabar também com o camisa 9 "trombador",
dando preferência ao atacante mais técnico, que tenha velocidade e
flexibilidade. É uma questão cíclica, e apesar de ainda terem espaço para esse
tipo de jogador em determinados times, os seus dias estão contados.
Sérgio Soares inovou no Bahia, montou um
esquema ofensivo sem o tal volante "brucutu" que chuta a bola para
onde aponta o nariz e com três médios que fazem a bola chegar redonda ao ataque,
um time jogando para frente, independente do placar, que dá gosto ver jogar. Reflexo
disso são os 62 gols marcados no ano, melhor ataque entre as Séries A e B.
Maxi, antes coadjuvante, hoje
protagonista, jogando o futebol que se esperava dele pela qualidade que tem. Até
nas entrevistas o argentino demonstra uma motivação que não se via em 2014.
Kieza, indiscutivelmente, está entre os melhores atacantes em atividade no
Brasil. A verdade é que o "Bahia" de Sérgio Soares joga com prazer e obediência tática e traduz isso em um futebol de encher os olhos.
Saudações tricolores!
Fellipe Costa
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