As prisões dos “cartolas” e especialmente do brasileiro e atual vice-presidente da CBF José Maria Marin ontem pela manha ganhou repercussão mundial pela gravidade das acusações. A última noticia sobre esse tema importante vem do Jornal Folha de São Paulo onde é lido que um quarto do valor acertado pelos direitos de comercialização das próximas quatro edições da Copa América foi separado para propinas para os principais dirigentes sul-americanos, entre eles o ex-presidente da CBF,
Segundo o jornal, a Conmebol cedeu à empresa Datisa, em 2013, o direito de comercializar publicidade e transmissão de TV das Copas Américas de 2015 (no Chile), 2016 (nos EUA, uma edição especial em comemoração aos 100 anos da entidade), de 2019 (que será no Brasil) e 2023 (no Equador).
Para isso desembolsaria US$ 462,5 milhões (R$ 1,45 bilhão), sendo que US$ 110 milhões (R$ 345 milhões) seriam distribuídos como propina a cartolas, para que a empresa obtivesse o contrato.
Segundo a investigação da Justiça norte-americana, já foram pagos de propina US$ 20 milhões, na assinatura do contrato, e outros US$ 20 milhões pela realização da Copa América deste ano, no Chile, que terá início dia 11 de junho.
O valor em cada um desses pagamentos ficou dividido da seguinte forma, segundo documento divulgado pela Justiça Americana: US$ 3 milhões, cada, para o presidente da Conmebol (então o paraguaio Nicolás Leoz), para o presidente da CBF (José Maria Marin) e para o presidente da federação argentina (Júlio Grondona, que morreu em julho de 2014).
Outros US$ 1,5 milhão para cada um dos demais presidentes de federações da América do Sul – sete – e mais US$ 500 mil para outros oficiais da Conmebol, não identificados.
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