quinta-feira, 30 de abril de 2015

Todos contra o Bahia, é sempre mais fácil...

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Estava eu pensando aqui sobre Futebol, (e tem outro assunto esses dias pra mim?) e me ocorreu uma reflexão "fraternal: Eu entendo a testemunha de Canabrava, o chamado torcedor do Vicitória da Bahia!

Ô, Baêa! Você tá ficando doido?!?! Antes que pensem que eu estou virando a casaca ou entregando os pontos antes do tempo (ou seja, "viceando"), eu explico: Para nós torcedores de Grandes clubes do Brasil, com títulos e história pra se apegar, é fácil, mesmo depois de revés, acreditar que tudo vai dar certo. Estamos acostumados a torcer POR NOSSO AMOR, pela esperança que vem da experiência vivida. Por uma mística que resulta de coisas que JÁ ACONTECERAM algumas vezes antes. Quem lembra daquela virada maravilhosa sobre o São Paulo (com Luiz Fabiano, Lucas, Dagoberto e Ceni ) por 4x3, depois de estar perdendo por 3x1? Quem não se recorda do Gol de Raudinei, ou mais recentemente do quase sem ângulo gol "lepo-lepo" de Pará?


Quando o torcedor resolve escolher pra si um time que não tem essa mística, ele traz pra si também algumas características culturais. Me responda você, leitor: Diante da fraqueza estabelecida, é mais fácil torcer "em todos contra um, ou por um contra todos?".

Quando eu vejo um torcedor do Vice gritando pelo bode de Conquista ou pelo time de Siará como aconteceu ontem, (mesmo tendo sido este o seu algoz) depois de ter gritado pelo Ixport, pelo Campinense, pela Juazeirense, sofrido contra injustiças pelo Nacional, de dor pelo Galícia e por todos os clubes que o Bahia jogou contra, mesmo isto não significando

NADA para o seu dito clube de coração, só consigo chegar a esta reflexão: Não é pelo Vitória que a testemunha de Canabrava torce. Ela tem na sua mira "Alguém que ela queria ser mas não é!" e se revolta com isso e com este. Em sua revolta, ela faz de tudo. Fala de um estádio (que não enche nunca... e quem quer um estádio vazio?), faz camisa comemorativa de um "placar histórico" (como se isso fosse título) Na mais recente versão desta esquizofrenia futebolística, a testemunha de Canabrava resolveu ser todo mundo contra um: o Bahia.

Não é a primeira vez que o Vicetoriano resolve assumir uma postura camaleônica. Diversas vezes, na falta do que torcer, já ouvi muitos afirmarem que são Flamengo; Curintia, até Barcelona; qualquer coisa vai, quando o negócio não está bem lá pelas bandas do barradisney Barradão. No entanto, penso que recentemente, eles endoidaram. A ideia de que posso ser qualquer coisa - já que não sou nada - o que importa é ser contra o Bahia, tem atingido níveis que poucas vezes tinha presenciado.

Nesta figura do "todo mundo contra um" algumas cenas passam a ser bem engraçadas, beirando o ridículo, como a de um maluco num programa de Rádio; conhecido testemunha de Canabrava gritar ao locutor esportivo que estava na cidade de Fortaleza pra final e que "iríamos ganhar!"(!) Eu pergunto: Como assim, iríamos?

Já virou torcedor do Ceará a ponto de assumir a 1ª pessoa verbal, as cores do time cearense e tudo? Eu, heim?

Pois é amigo, é mais fácil ser do todos contra um. E torcedor da Vicelândia, que em sua gênese já traz este aspecto (meu avô, Ypiranganse roxo, me dizia que a maioria dos Vicitória da época dele eram os ypiranguenses que mudaram de lado...) não é bobo não! Agora está demonstrando sua índole inzoneira do caminho mais fácil do futebol: de vestir tantas camisas forem possíveis ATÉÉÉ conseguir que uma delas atinja seu objetivo de felicidade. Mais fácil e pragmático, mas completamente sem sentido. Coisas de um time que apesar do nome, nada nunca ganhou!

Anderson Venicio - torcedor do Bahia e amigo do BLOG

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