segunda-feira, 13 de abril de 2015

Por um E.C Vitória livre e democrático

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O torcedor do Vitória luta, já há algum tempo, por uma reforma no Estatuto do clube que contemple eleições diretas para presidente, bem como diretas e proporcionais para o Conselho Deliberativo. Com esse objetivo, o Movimento Vitória Livre organizou um abaixo-assinado que coletou 986 assinaturas requerendo a convocação de uma assembleia geral para discutir tais mudanças.

Entregue ao presidente do Conselho, em setembro de 2014, o documento foi solenemente ignorado, não restando alternativa ao Vitória Livre senão ingressar na Justiça para pedir a convocação da assembleia geral.

A verdade é que, nos últimos meses, o anseio por democracia tomou conta de vez das arquibancadas do Barradão, das resenhas esportivas e também das redes sociais. Toda a massa rubro-negra exige #DiretasJá.

Apesar da luta, a torcida do Leão acompanhou, com certa frustração, no último dia 31 de março, uma eleição ainda indireta para presidente do Conselho-Diretor do Esporte Clube Vitória. Que tenha sido a última!

Certamente pressionados pelo “rugido” do torcedor, os atuais dirigentes rubro-negros agora sinalizam a favor das Diretas. No entanto, sempre receosos dos “aventureiros” de plantão, defendem a imposição de filtros, vedações e óbices à liberdade democrática. Acreditam esses “iluminados” dirigentes que o torcedor não tem pleno discernimento para decidir os rumos do Vitória, o que exigiria uma espécie de “poder moderador” no intuito de limitar o direito da arquibancada à livre escolha.

Mais uma vez à frente da gestão rubro-negra, o Sr. Alexi Portela Jr. deu recentes declarações à imprensa que causam imensa preocupação, em especial aos sócios-torcedores. Aparentemente mudando sua posição conservadora, sinalizou ser favorável a eleições diretas no Vitória. Ledo engano. Portela diz que o programa de fidelidade Sou Mais Vitória (SMV) deve dar direito apenas a entrada nos jogos, devendo ser criada uma nova categoria de associado que tenha direito ao voto.

Tal posição sinaliza a intenção de criar uma nova “casta” de associados e rebaixar o SMV a um mero pacote anual de ingressos, o que seria um retrocesso, já que o atual estatuto outorga pelo menos aos sócios-torcedores com 18 meses contínuos de contribuição alguns direitos sociais.

O sócio-torcedor do SMV quer avançar em seus direitos e votar diretamente para presidente do Vitória. A maior participação do sócio é uma tendência atual dos clubes brasileiros e da legislação desportiva e o Leão não pode ficar na contramão desse processo. A ampliação dos direitos dos associados-torcedores pode alavancar definitivamente o programa de fidelidade SMV.

O Vitória é, hoje, um time de massa e a torcida do Leão continuará atenta e vigilante e não recuará um só passo na busca por um Vitória Livre.

Felipe Ventim/artigo publicado originalmente no Correio

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