sexta-feira, 20 de março de 2015

E.C. Bahia: "Há males que vem para o bem"

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Em 1994, o gol heróico de Raudinei, nos deu e nos dá até hoje muitas alegrias. Entretanto, aquele gol, com a consequente conquista do Campeonato Baiano de 1994, "mascarou" a crise que o clube já vivia. Os anos subsequentes mostrariam isso. 

As humilhações sofridas nos anos posteriores, talvez tenham sido para o bem da instituição Esporte Clube Bahia, pois, com elas, as entranhas do clube, junto com as suas mazelas, foram inteiramente expostas. Ficaram mais que evidentes a falta de profissionalismo; falta de seriedade; incapacidade; incompetência; desmandos; inaptidão; gestão equivocada; contratações pífias; acomodamento; das diretorias que por mais de uma década se aproveitaram do único bicampeão brasileiro legítimo do Nordeste.

Sobrou provado que o clube era um navio sem comando, à deriva, em mar turbulento. Algo tinha que acontecer imediatamente. Tinha que haver um choque de gestão. O Bahia precisava de pessoas competentes, capazes, organizadas, preparadas e compromissadas para os desafios de dirigir um clube de massa.  

Faz-se necessário colocar no futebol profissionais qualificados, com talento e coragem para mudar essa estrutura jurássica, ora existente. São imprescindíveis pessoas com mentalidade moderna e vencedora. Profissionais em condições de recolocar o Esquadrão no lugar de onde nunca deveria ter saído. 

Hoje, podemos dizer que o Bahia é realmente do torcedor, que conseguiu o direito de eleger seu presidente, de ser sócio pagando uma adesão realista e não os 300 reais cobrados na gestão anterior. O presidente hoje pode receber salário, rompendo uma hipocrisia secular no futebol brasileiro. 

Nos livramos de um uma cultura amadorista, um "coronelismo" que se instalou no clube por muitos anos. Elencos inchados, folhas altas, contratação e dispensa por atacado, ausência de rendimento e, por fim, a inadimplência. O "novo" Bahia, com sua política de austeridade, pés no chão, priorizando o fair play financeiro e respeitando as limitações financeiras do clube, está no caminho certo, dentro e fora das quatro linhas.   

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