A folha salarial das equipes que disputam a primeira divisão da Espanha escancara a diferença entre os clubes ricos (Barcelona e Real Madrid) e os pequenos (as 18 demais equipes). Os dados da temporada passada foram divulgados pela direção da Liga de Futebol Profissional, que dirige o torneio.
Para efeito estatístico, a LFP nem inclui Barça e Real no cálculo porque ambos fogem muito ao padrão de gastos dos clubes que disputam o torneio. Sem eles, a despesa média é de € 28,02 milhões por ano. Cada atleta recebeu, em média, € 1,1 milhão pela temporada inteira ou € 91,7 mil por mês.
Quem integrou o elenco dos dois grandes da Espanha, teve ganho significativamente superior: € 9 milhões por temporada ou € 750 mil mensais. Ou seja, um jogador dos clubes menores recebe, na média, apenas 12,2% do que ganha um atleta de Barcelona ou Real Madrid. A folha salarial nesses clubes chega a € 200 milhões.
Algumas léguas atrás dos dois grandes está o Atlético de Madrid, com média salarial de € 4,1 milhões, o que totaliza gastos de € 100 milhões com salários anualmente. Apenas sete clubes pagaram mais de € 1 milhão, em média, para cada jogador por temporada.
Sevilla e Valencia têm média de gastos de mais de € 2 milhões por atleta. Getafe, Athletic Bilbao, Real Sociedad e Villarreal superam € 1 milhão anuais para cada integrante do elenco profissional. O primo pobre da liga espanhola é o Rayo Vallecano, que gastou € 370 mil por jogador durante a temporada.
O abismo de salários também ocorre em relação à Série B espanhola. No torneio, o gasto médio com o elenco durante toda a temporada foi de € 4,01 milhões ou € 170 mil por atleta. Apenas cinco clubes desembolsaram valores maiores do que essa média: Zaragoza (€ 400 mil), Córdoba, Deportivo La Coruña, Sporting Gijón e Mallorca (€ 300 mil).
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