sábado, 27 de dezembro de 2014

Rebaixamento do Vitória não traz prejuízos de receita

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Ao contrário do que imaginava, a queda de divisão do Esporte Clube Vitória não gerou perda de receitas. O clube trabalhará em 2015, com os mesmos R$ 60 milhões de orçamento utilizados na atual temporada. Uma das principais potências econômicas da próxima Série B, o rubro-negro tem assegurado os mesmos valores das cotas de televisão e patrocínios, dois fatores decisivos na  manutenção do caixa, escreveu Angelo Paz em matéria veiculada no site iBahia.

A perda, no entanto, vem de outra forma. "A queda é muito mais econômica que financeira. Isto é: é muito mais um reflexo do patrimônio, valor econômico dos atletas, a possibilidade de colocação desses jogadores em outros mercados... Porém, o impacto direto no fluxo financeiro é muito pequeno, pois a cota de TV continua a mesma, a  (estimativade) bilheteria continua a mesma e nós não temos nenhuma cláusula nos nossos contratos de patrocínio que reduza em caso de queda. É um prejuízo de imagem", explica o presidente Carlos Falcão, que aprovou o novo orçamento na reunião do Conselho Deliberativo, na terça-feira.

Para garantir, no mínimo, cumprir o orçamento previsto, o clube vai se articular nos próximos meses para manter o vínculo com a Caixa Econômica Federal, patrocinadora master do Leão. "Nosso contrato com a Caixa vai até junho de 2015. Vamos ver como será a renovação que ela vai fazer com outros clubes que terminam antes do nosso. Está dentro do nosso planejamento buscar a renovação em meados do ano”, projeta Falcão.

Embora com um fluxo de caixa semelhante ao de 2014, o Vitória buscará a redução da folha salarial. O clube, que encerrou a atual temporada com uma folha de R$ 2,3 milhões, estipula um teto máximo de R$ 2 milhões na Série B. No primeiro semestre, a meta é trabalhar com uma folha de R$ 1,5 milhão. "O planejamento começa menor. Você tem menos competições, um ritmo menor. A folha chega no início da temporada com algo em torno de um terço menos do que o teto e vai aumentando", projeta o presidente, ainda no início da reformulação do elenco.


Sócios - Com uma receita garantida de R$ 3,6 milhões, proveniente do Sou Mais Vitória, que conta com 6 mil  torcedores, o Vitória espera ampliar o número de associados no ano que vem em 38%. "Se eu tiver uma arrecadação de R$ 5 milhões, posso ter uma folha de R$ 2,5 milhões. As receitas e as despesas caminham juntas. Em vez de um, eu poderia ter dois Escuderos", exemplifica Falcão, ao citar o meia argentino, que recebe cerca de R$ 180 mil por mês, o maior salário do clube. Para chegar ao número desejado pelo presidente, o clube tem que atingir 8.300 sócios, o que depende também do rendimento do time.

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