Perder o jogo por 3×2, diante do Bahia, time de série A, definitivamente não foi o problema. Resultado justo, normal e até certo ponto previsível. As circunstâncias, a boa fase, o fator local, a autoestima elevada, deixou o time conquistense levemente crente na vitória. Mas era uma partida em aberto, Rafael e Tatu jogando contra o Bahia – sempre deixa a marca, e o Bahia bem desfalcado, tudo poderia acontecer.
O problema é após o apito inicial a partida se tornou um jogo totalmente “vencível” para o Conquista. Minha indignação é por ter visto um Bahia muito “batível” em campo e constatar que o time conquistense não foi capaz de batê-lo. Falta alguma coisa pra esse Conquista. Não só qualidade técnica. Falta malandragem. Ousadia e menos respeito. Em todo o primeiro tempo o Bahia era um adversário sem nenhuma expressão, incapaz de complicar a vida de alguém. Era notável que o Conquista só não metia uma goleada se tropeçasse em seus próprios cadarços.
Não foi só o goleiro Alex que tropeçou no cadarço, um time do interior com esse perfil “sem chama”, com pouca ousadia e muito respeito nunca chegou a lugar algum. O Vitória da Conquista perdeu o jogo por isso. O torcedor conquistense deixou o estádio pedindo a aposentadoria do goleiro Alex, e o torcedor pode mesmo fazer isso, mas jogador e treinador não pode lavar roupa suja nos microfones, essa roupa se lava dentro do vestiário. Isso é profissionalismo. E a culpa do goleiro Alex é também de quem fez diversas faltas na entrada da área.
Se o goleiro conquistense não tivesse errado o resultado seria outro, mas se o time conquistense tivesse resolvido o jogo no primeiro tempo o resultado também seria outro. Só se ganha campeonato com o coração pulsando na ponta da chuteira. Tem que ter qualidade técnica, esquema tático, técnico corajoso, tudo isso é importante, mas sem ousadia isso tudo não vale nada.
Danilo Pereira
Nenhum comentário :
Postar um comentário