No início era Maxi Biancucchi lá e cá chamando para si, até por merecimento e destaque, todos os focos do torcedor do Esporte Clube Vitória, enquanto o carequinha e tímido Dinei, que já havia tido uma passagem importante no Leão no passado, tinha um papel secundário dentro do elenco do Vitória. Aos poucos foi recuperando seu bom futebol e ao final, transformou-se no homem do gol do time rubro-negro e de valor fundamental para a belíssima campanha que fez e faz o Esporte clube Vitória, aliás, o melhor clube nordestino na competição e que, não impõem sofrimentos continuados aos seus torcedores, vale o registro.
Já são 16 gols na elite este ano. É vice-artilheiro do campeonato e faz história dentro da Toca não apenas por estar a dois gols do goleador Éderson, do Atlético-PR. O baiano de São Domingo, a 234km de Salvador, já é terceiro jogador que mais fez gols com a camisa do Vitória em jogos pelo Brasileiro: 24, incluindo os oito de 2008. Na frente, apenas Allan Delon e André Catimba, com o número de gols e respectivas épocas destacadas ao lado.
Por isto, o jogador é alvo de destaque nesta terça-feira no Correio da Bahia, onde fala das suas expectativas ao jornalista, Ângelo Paz. Veja abaixo
“É o melhor ano da minha carreira até pelos recordes que estão acontecendo. Estou sendo premiado, fico feliz por estar em segundo na artilharia. Pena que os gols saíram tarde, senão eu podia estar na frente. Estão me dando confiança e eu não decepcionei ninguém”, comenta Dinei, que também é o quarto na lista dos jogadores que mais marcaram pelo Vitória em uma única edição de Brasileiro. Edilson e Obina, ambos com 18 em 2004, estão no topo, seguidos por Catimba, que em 1974 guardou 17.
E Dinei quer se posicionar no topo deste ranking, já que sonha em marcar mais dois diante do Atlético-MG, domingo, no Independência. “No futebol, pode acontecer tudo. Vou focar pra botar o Vitória na Libertadores. Quem sabe empatar com eles, que já seria uma meta muito boa”, projeta o atacante de 30 anos.
Velho pra sonhar tanto? Ele utiliza jargão pra mostrar que não. “Panela velha é que faz a comida boa. E a nossa equipe me favorece. Dentro ou fora, vamos pra cima. Quando você não tem medo de perder, você se dá bem”, explica o segredo da fartura de bola na rede do Leão, terceiro melhor ataque do Brasileiro, com 57 gols.
Impulsionado pela ousadia do time, Dinei, órfão e tido como chefe da família de oito irmãos, evita se vangloriar. “Quando o cara é do interior, é mais tranquilo. Sempre fui assim desde pequeno e não iria mudar de uma hora pra outra. Deixa isso pra Neto Baiano, que ele gosta”, brinca.
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