Estamos vivenciando no tricolor mudanças significativas em que o sócio pode mudar os destinos do clube. Podemos dizer que hoje sabemos de quase todas as irregularidades e as irresponsabilidades que a antiga diretoria cometia em razão da falta de amor ao clube. Eles se beneficiavam da apatia da torcida, das benesses que distribuíam para a imprensa e amigos com o intuito de bloquear qualquer fiscalização. O Bahia nesses anos de administração caótica e descomprometida conseguiram levar o Bahia a duas goleadas históricas para o rival e a humilhações que não podemos esquecer. É essa a herança maldita de mandatos seguidos de um grupo que se beneficiou do Bahia sem dar ao clube um retorno de respeito e amor aos seus valores de grandeza e altivez de grande vencedor.
Porém, aqui estamos para tratar de um assunto que merece atenção por significar a sobrevivência do nosso time na primeira divisão. O Bahia precisa da sua torcida ao seu lado, não pode ser instrumento a nossa torcida de radialistas que sempre duvidaram da capacidade de reação dos sócios do tricolor em resgatar o clube dos seus algozes. Assim, não vamos ao estádio com o espírito de vaiar o time, ainda que seja a herança dos dirigentes depostos judicialmente, pois os jogadores estão representando algo muito maior, a nossa tradição e orgulho de Bi-campeões nacionais. A torcida do Bahia é exigente, mas não pode se esquecer de seu dever de incentivar e colocar suas vaias pontualmente para quem merece, nossos ex-dirigentes.
Ontem, vi um espetáculo aqui em Recife do povo feliz com a volta do Santa Cruz à série "B". O tricolores pernambucanos encheram o Arruda com mais de 60.000 pessoas! Por que não fazer o mesmo agora com o tricolor baiano e reduzir os ingressos para o povo levar esse time para a vitória no grito e na vibração? A torcida do Bahia não é elite! A torcida do Bahia gosta de futebol, não faz questão de mordomia. Quer a torcida do Bahia se emocionar e colocar o seu time na vitrine do futebol com orgulho. Preços condizentes para o público do Bahia não pode ser caro, nem deve ser torcer para o Bahia um ato burocrático de sentar na cadeira e ligar o controle remoto. O torcedor do Bahia é antes de tudo um sujeito que torce pelo clube e suas tradições, uma identidade formada na Fonte Nova em cerimônias coletivas, numa louvação política de amor, sobretudo.
Portanto, hoje, cumpre sermos mais Bahia. Esquecer radialistas, escalações favoritas, ex-dirigentes malsãs e a apatia. A Fonte Nova precisa estar bonita de gente disposta a aplaudir com fervor cada jogada dos jogadores, e perdoar os limites humanos dos jogadores. Temos um time nas mãos que carece de incentivo, não devemos deixar logo nessa fase o tricolor sem nosso apoio. Mas, essa mensagem não pode ser escutada por senão tricolores de grandeza particular nesse momento de grande pressão mediática e falsidade de pessoas que deveriam sentir vergonha de ainda fazerem da imprensa baiana uma espécie de caricatura autoritária de uma sociedade hipócrita.
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