Toda vez que o Bahia se bate com o Flamengo, é sinônimo de um grande jogo. Foi assim na volta do Tricolor à Série A em 2011, num 3x3 emocionante com direito a gol de Ronaldinho Gaucho e, é claro, na goleada desse ano na Fonte Nova. Nos confrontos pelo Brasileirão as coisas, agora, estão rigorosamente equilibradas. São 11 triunfos pra cada lado e 15 empates. Com todo esse retrospecto a partida prometia. E que jogão.
Acabei perdendo o primeiro tempo, pois estava fazendo uma apresentação de negócios, no Itaigara. Voltando pra casa, ouvia Salomão Batista falar mais o nome de Lucas Fonseca que de Fernandão. Era uma mal sinal, evidentemente. Mas o primeiro tempo findava como começara. Iguais em zero.
No segundo, já devidamente posicionado na minha cama, assisti o Flamengo abrir o placar num vacilo da zaga Tricolor. Bola nas costas de Madson, cruzamento perfeito e antecipação em cima de Tite. Gol dos caras.
O time carioca se retrai e passa a explorar os contra ataques. O Bahia domina o meio de campo e Barbio sai pra dar lugar a Souza. As vaias do Maraca ao Caveirão me lembraram as daqui de Salvador. Mas Souza é melhor do que Obina, sempre achei. Pode ser um "barqueiro da mizéra", mas joga mais que o negão. Numa troca de passes Hélder toca pra o vaiado e ele dá mais uma assistência pra Fernandão. Foguete do artilheiro e tudo empatado. O Bahia segue tentando, mas a bola teima em não entrar. Madson tentando uns cruzamentos malucos, da intermediária, Raul cortando e batendo bem perto do gol, a bola não queria acordo.
Aí veio o castigo....
Leonardo Moura, morto em campo, nas costas de Raul, tira fôlego lá "dozinfernus" pra ir na linha de fundo. Tite sai pra dar combate e não acha a bola. Hernane antecipa Lucas Fonseca e empurra pro fundo da rede de Lomba.
No último minuto de jogo Raul acerta um foguete e o maldito do goleiro consegue tirar. Fim de papo e o pontinho não rolou. Mas, "na moral", jogamos pra pirão.
Bora Baêa Minha Porra! Nada de se abater diante do resultado. Jogamos bem, ao menos no segundo tempo, tiramos a péssima impressão do jogo contra o Goiás e perdemos em detalhes, simétricos. Bola nas costas dos laterais e antecipação dos atacantes aos zagueiros. Falhas de marcação que podem ser corrigidas. Que venha o São Paulo. Mas um jogo com ares de clássico para Tricolor. Mas dessa vez, para se afastar da degola, que mesmo com a derrota, a distância não diminuiu.
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