Na segunda-feira, o Fazendão, centro de treinamento do Bahia que abriga o profissional e a base, registrou o segundo assalto em pouco mais de um mês. Três atletas dos juniores foram abordados por dois homens, um deles armado. Luan Ferreira, meia-atacante de 17 anos, teve a arma apontada contra a cabeça e foi ameaçado de morte. O jogador abandonou o clube e não deseja mais voltar.
O incidente aconteceu quase um ano depois de outros três jovens terem sido rendidos por bandidos dentro do CT. Eles ficaram apenas de cueca e tiveram os pertences levados pelos assaltantes.
Os episódios expõem a falta de segurança da estrutura, que fica no bairro de Itinga, na região metropolitana de Salvador, lugar que é cercado por favelas. Situação que endossa a lista de problemas relacionados especialmente aos jogadores formados pelo clube, que ameaçam deixar o Tricolor baiano (leia mais abaixo).
Luan está em Fortaleza e deixou o caso a cargo do empresário. O Bahia, por sua vez,se defende e diz que o assalto é usado como pretexto para o desligamento.
– Há inconsistência no relato. O caso está sob investigação policial. Dos três atletas envolvidos, apenas Luan deixou o clube – defendeu-se Miguel Kertzman, responsável pelas categorias de base.
O Fazendão comporta cerca de cem garotos de três categorias (infantil, juvenil e juniores) que moram nos alojamentos. O time profissional, por sua vez, apenas se concentra no local.
A segurança é terceirizada. À noite, apenas dois homens fazem a ronda dentro do CT. Apesar das ocorrências, o dirigente minimiza os acontecimentos.
– Não importa o tamanho do muro. As pessoas pulavam até o Muro de Berlim. Existe gente mal intencionada em todos os lugares – disse Kertzman em materia veiculada neste sabado, o site lancenet
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