sábado, 15 de junho de 2013

O futuro do Bahia segue indefinido

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Não dá para ficar alienado para o que acontece agora no Brasil em razão da Copa. Alguns sentimentos aflorados na população brasileira emergem diante de um dia a dia marcado pela violência, a falta de mobilada urbana, o horror de infra-estrutura precária que nos nega, também, educação de qualidade e saúde. É certo, porém, que as escolhas pelo automóvel, a privatização da educação e a saúde, em contraste com uma sociedade mais igualitária, foi feita pelos hoje cidadãos de classe média, que pedem a volta da ditadura como forma de conter o caos que nossas cidades se tornaram. 

Aliás, a ditadura tem defensores também nos clubes de futebol. Futebol, que marca um das formas mais espontâneas do povo brasileiro se manifestar, assiste o maior clube de futebol da Bahia e orgulho da Bahia esportiva mergulhado numa crise política, agora também jurídica que vem merecendo atenção até da mídia nacional. Uns defendem o continuísmo, principalmente a mídia local, outros defendem a democratização do Bahia, face a um futebol que exige a forma mais testada e aprovada no mundo de aperfeiçoamento de seus lideres e métodos de escolha, a democracia. 

Mas, para o Bahia, o melhor caminho é sem duvida que as instituições democráticas brasileiras possam logo decidir o caminho a ser perseguido pelos envolvidos nessa contenda. Não foi resolvido o problema "Bahia" pela via da CPI, numa demonstração da covardia de nossos parlamentares, estes poderiam inaugurar uma nova fase no futebol baiano, sendo vista uma série de elementos ligados ao futebol que transitam na esfera privada e pública e que, através do futebol, supostamente se beneficiariam de ilegalidades dos mais diversos tipos. 

Ontem, com o adiamento, mais uma vez, do julgamento que iria decidir sobre o caráter liminar da intervenção no Bahia, segue o precário entendimento de nossa elite política e judicial, sobre a importância do futebol para a cidadania e a afirmação de valores democráticos na nossa sociedade. Muitos já desacreditando dos instrumentos formais de resgate do E.C.Bahia, seguem com os protestos apelando para o bom senso do torcedor, para que não vá ao estádio avalizar essa armadilha de negação do Bahia como clube do povo. O Bahia é o clube do povo, não é qualquer clube de parte da sociedade, mas de uma nação com valores e sentimentos próprios que, cheios de simbologia, deveriam representar mais respeito das nossas instituições políticas.

Eu creio que o Bahia é muito grande, como o velho Osório Vilas Boas sonhou e ajudou a formar, numa idéia de perseguição do triunfo e amor ao povo.

P.S.: Felipão, cadê o artilheiro do Bahia na seleção?

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