quinta-feira, 27 de junho de 2013

Franciel Cruz: Não existe despedida

Comentários
- Alô, André? 

A resposta vem um tanto quanto impaciente e irritada. 

- O que foi? Quem é? 

Com o lombo curtido no carrancismo autoritário dos 600 DEMÔNHOS do sertão baiano, respiro e tento não me abalar. 

- Seguinte. Meu nome é Franciel e gostaria de lhe entrevistar. Mas, se não puder, é nenhuma. 

  – Oxente, rapaz, tenha sua calma. É que estava aqui torcendo pra porra do Japão – e a Itália acaba de virar o jogo. 

(É graça uma porra desta?)

Naquele início de noite do dia 19 de junho, apesar de já conhecer toda a fama do artilheiro que leva a catimba no próprio sobrenome, reforçou-se a certeza de que a entrevista, caso acontecesse, seria mercurial.

E, de prima, sem prolongar muito a conversa, ele informa logo que vai viajar e pede que lhe ligue na manhã da quarta-feira seguinte.

A referida manhã que eu perseguia parece que num vai chegar nunca. Mas, finalmente, o ponteiro do relógio bateu 9h34 da madrugada do glorioso dia. E decido telefonar. 

André, aqui é Franciel novamente. Lhe liguei quinta-feira passada, lembra? Queria saber sobre a possibilidade da entrevista. (continua aqui)

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